Ely
Wertheim afirma que mercado sofre com insegurança jurídica e falta de terrenos,
o que resulta na elevação dos preços.
O presidente-executivo do
Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Ely Wertheim, afirmou que a capital
paulista vive um "drama" para a produção de imóveis em razão da falta
de atualização do plano diretor. Ele disse que o mercado paulistano sofre com
insegurança jurídica e falta de terrenos, o que tem culminado na elevação do
preço dos imóveis."Isso tem criado problemas para a produção no
mercado", disse Wertheim nesta quinta-feira (25), durante painel do Summit
Abecip. "Há 20 anos, nem é muito tempo assim, em 20% a 25% do território
da cidade era possível fazer um projeto imobiliário e a conta fechava. Hoje são
apenas 3%", disse, criticando as restrições para construções na capital
paulista. Ele também explicou o motivo pelo qual os projetos parecem
repetitivos aos olhos da população em termos de plantas, fachada e arquitetura.
A justificativa está na demora no processo da produção, desde a compra de
terrenos, licenciamento e montagem do estande até a entrega da obra. Isso leva
muito tempo, e podem surgir aí mudanças nas tendências de consumo."Demora
muito para colocar um empreendimento em campo, e a gente planeja um
empreendimento e ele vai entrar em campo daqui a dois ou três anos. Às vezes, o
mercado tem medo de fazer coisas diferentes", afirmou. O presidente do
Secovi-SP afirmou ainda que o grande número de apartamentos compactos, plantas
inferiores a 40 m² ou 30 m², com um dormitório ou do tipo estúdio, é uma
consequência de problemas no campo legal, combinada com o avanço de
empreendimentos econômicos, dentro do Casa Verde e Amarela. "Tem na
cidade de São Paulo uma deficiência de legislação. Essas unidades menores, de
um dormitório, parte é demanda, é verdade, parte é Casa Verde e Amarela, isso é
40% da oferta, 50%, e parte é uma distorção da lei, que nos obriga a fabricar
unidades muito menores, sem vaga, para termos unidades maiores com mais de uma
vaga", apontou Wertheim. "Em alguns lugares vai funcionar,
porque são bairros mais centrais, como Jardins ou Pinheiros. Em outras
localidades menos óbvias, vamos ter problemas. Com o tempo, o casal vai querer
ter filhos etc.", complementou. "Parte dessas unidades de 30 m² vai
ser um problema. Não é uma quantidade enorme, porque dessa oferta parte é Casa
Verde e Amarela, parte vai funcionar, e parte não vai funcionar tão bem."O
presidente do Secovi-SP afirmou que outro drama para o mercado imobiliário é a
disparada nos custos dos materiais. "As pessoas não têm renda para
acompanhar a evolução do INCC." Nesse caso, porém, há perspectiva de
desaceleração no ritmo de alta nos preços.( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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