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quarta-feira, 22 de junho de 2022

VIDANEWS - Caminhoneiros do interior da Argentina fazem greve contra aumento do diesel.

 

Categoria reclama da falta de combustível e da diferença de preço para encher o tanque em Buenos Aires e em outras partes do país.

A Associação dos Transportadores de Carga de Tucumán, província no interior da Argentina, realiza uma greve de caminhoneiros nesta quarta-feira (22). A categoria organizou manifestações e bloqueios de estradas para protestar contra o aumento do preço do diesel, as sobretaxas e a escassez do combustível no país.“É um protesto por tempo indeterminado”, disse Eduardo Reynoso, presidente da Associação dos Transportadores de Carga de Tucumán, ao jornal argentino La Nación. A categoria quer que o preço do diesel cobrado no interior do país seja o mesmo dos postos da capital, Buenos Aires. Essa situação está sendo classificada pelos caminhoneiros argentinos de "falta de federalismo"."O que buscamos é o federalismo, que consigamos o preço da YPF ao mesmo preço de Buenos Aires", diz Reynoso.O ministro da Segurança de Buenos Aires, Sergio Berni, foi, nesta quarta-feira, ao local onde caminhoneiros bloqueavam a passagem de veículos nos arredores da capital para negociar. Segundo o jornal argentino Clarín, houve uma discussão entre os organizadores do protesto e Berni, que chegou a dar um prazo de cinco minutos para que o trânsito fosse liberado. Consequências para a economia A paralisação dos caminhões nos últimos dias já afeta a economia argentina. Segundo comunicado da indústria açucareira argentina, a produção de açúcar no país foi paralisada. A Argentina teme que a população enfrente falta de alimentos e de bens para a indústria. Conforme dados divulgados hoje pela Fadeeac (Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transporte de Cargas), 21 dos 24 distritos em que o país está dividido estão sofrendo com problemas de abastecimento de diesel. Importação e escassez  Segundo seus organizadores, os atos são um reflexo da falta de resposta dos ministérios do Trabalho e Transportes e da Secretaria de Energia para resolver o aumento do custo do transporte causado pela elevação do preço do diesel. O presidente da Associação dos Transportadores de Carga de Tucumán relatou ao jornal Clarín que, na província de Tucumán, cada motorista pode comprar entre 100 litros e 200 litros por um preço que vai de 185 a 190 pesos o litro. Para um volume de diesel acima desse, o valor sobe para 230 pesos o litro. O governo argentino elevou na semana passada o percentual de biocombustível que o diesel deve ter em sua produção devido à escassez de óleo diesel no país, mas a Fadeeac disse que é "uma medida paliativa, mas não resolve a questão". O presidente Alberto Fernández anunciou a intenção de aumentar a importação do combustível, utilizado para abastecer os tanques de máquinas agrícolas, caminhões e ônibus de passageiros, entre outros. Caminhoneiros no Brasil O Brasil também passa por uma situação semelhante e há risco de o país ter uma greve de caminhoneiros por causa dos sucessivos aumentos no valor do diesel.O governo federal anunciou na terça-feira (21) que vai propor ao Congresso Nacional a criação de um auxílio financeiro a caminhoneiros para tentar conter o impacto das altas no preço dos combustíveis.A ideia inicial, segundo integrantes do Executivo e do Legislativo, é instituir um benefício de R$ 400 até o fim deste ano, mas o valor ainda não foi definido. O presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), reagiu à proposta dizendo que o valor seria insuficiente."Essa gente propõe uma esmola que não paga a metade de uma recapagem de pneu. Nos respeitem, isso é um deboche", disse Crispim. O parlamentar explicou que um caminhoneiro gasta, em média, entre R$ 8.000 e R$ 10.000 para realizar o trajeto de São Paulo a Alagoas.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

 

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