PMDF
recebe homenagem no Senado pelos seus 213 anos e pede reconhecimento do
trabalho.
Por iniciativa do senador Izalci Lucas (PSDB-DF),
a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) recebeu uma homenagem no Plenário,
nesta sexta-feira (27). Além da celebração pelos 213 anos da corporação, houve
espaço também para reivindicações e pedidos de mais reconhecimento
profissional. Izalci Lucas lembrou que a instituição na capital conta com
11 mil policiais, atuando em 39 batalhões, quando deveriam ser ao menos 18 mil.
Apesar disso, deixam diariamente suas casas para proteger as pessoas, num trabalho
que exige risco constante e nem sempre é valorizado pelo Estado. O
parlamentar destacou ainda o trabalho na área de cidadania e formação social
feito pela PM, com ações antidrogas, prevenção de violência doméstica, apoio a
pessoas vulneráveis e atividades de ensino. — São ações que fazem
diferença na vida de muita gente. A PMDF tem usado de toda sua competência para
cumprir sua missão de proteger o cidadão e o patrimônio da capital —
afirmou. Lei Orgânica O
coronel da reserva Marcos Antônio Nunes
de Oliveira, ex-comandante da PM e presidente da Associação dos Militares
Estaduais do Brasil (Ame Brasil), aproveitou para pedir apoio dos
parlamentares para a aprovação de uma lei orgânica para disciplinar as
atividades dos policiais e bombeiros em todo o país. Desde 2001, tramita
na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL 4.363/2001), de autoria do Poder Executivo,
que regula as atividades, define direitos e deveres e uniformiza as atribuições
dos profissionais. Segundo ele, a proposta vai substituir o DL 667/1969, que tem itens incompatíveis com a Constituição
de 1988. O militar informou que diariamente a Polícia Militar
recebe 5 mil ligações telefônicas, que se transformam em milhões de ocorrências
ao longo do ano. Além disso, destacou uma missão extra importante dos agentes:
a proteção de uma cidade que é sede dos poderes da República. — Ao
longo do processo de impeachment, por exemplo, a PM ficou 200 dias
na Esplanada do Ministérios garantindo os direitos da população, a vida, a
integridade física, o direito à livre manifestação à a liberdade de expressão —
ressaltou. Trabalho
incansável O subcomandante da PMDF, coronel Edvã de Oliveira
Sousa, por sua vez, disse que os policiais de Brasília não usam farda, mas uma
segunda pele. Além de citar números mostrando a redução da violência, ele
reforçou que o trabalho da corporação é incansável: — Semana passada
detivemos um homem, no Lago Norte, com 37 passagens pela polícia, o que revela
não só falhas na lei, mas como é incansável a PMDF. Enquanto precisar e quantas
vezes forem necessárias, estaremos lá cumprindo nossa missão — garantiu.
O coronel Nevilton Pereira Junior também reclamou de problemas na legislação e
da interpretação dada pelo Judiciário às leis. Segundo ele, a legislação
brasileira está indo para um caminho que dificulta a ação dos agentes de
segurança: — Hoje nos vemos
perplexos em ver que um PM não pode sequer fazer uma simples abordagem de
rotina. Mesmo em flagrante, não pode entrar numa residência e apreender
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