O sistema permite que cidadãos e empresas saibam se há
valores deixados em bancos e demais entidades do sistema financeiro.
O site do Banco Central ficou indisponível desde o início da
manhã desta terça-feira (25). O BC afirmou que a indisponibilidade do site no
período da manhã se deve ao excesso de consultas no SVR (Sistema Valores
a Receber), lançado na segunda-feira (24) pela
autoridade monetária."O sistema Valores a Receber (SVR) recebeu demanda
acima da esperada e estamos ajustando a capacidade de atendimento",
limitou-se a responder a instituição. Com a indisponibilidade do site, a
divulgação de resultados de leilões hospedados no portal da instituição está
comprometida. Entre os dados indisponíveis estão resultados de operações
compromissadas, resultados de leilões de swap e de títulos do Tesouro Nacional.
O serviço Valores a Receber entrou em funcionamento na segunda-feira. O sistema
permite que cidadãos e empresas consultem se têm algum dinheiro
"esquecido" a receber em bancos e demais entidades do sistema
financeiro. A consulta é feita na página "Minha Vida
Financeira", dentro do site do BC, apenas usando o CPF ou CNPJ da empresa.
Segundo o BC as informações disponibilizadas no novo serviço são de
responsabilidade das próprias instituições, mas o órgão estima que há cerca de
R$ 8 bilhões de recursos nesta condição.Na época do anúncio do sistema, em
junho de 2021, a
autarquia disse que é comum que as pessoas não saibam ou não se lembrem da
existência dos saldos. "Em algumas situações, os saldos a receber podem
ser de pequeno valor, mas pertencem aos cidadãos que agora possuem uma forma
simples e ágil para receber esses valores", afirmou o BC nesta terça, em
nota. As pessoas físicas e jurídicas que têm valores a receber poderão
solicitar o resgate via Pix no Registrato
(https://www3.bcb.gov.br/registrato/login/), sistema do BC em que a população
pode consultar informações financeiras como empréstimos em seu nome, dívidas
com órgãos públicos, entre outras.Para essa opção, é necessário, contudo, que
os bancos ou instituições financeiras tenham aderido a um termo específico
junto ao BC. A outra alternativa é informar os dados de contato no Registrato
e, em seguida, a instituição financeira deve informar o meio de pagamento ou
transferência.Segundo o órgão, a partir desta terça, as instituições
autorizadas que tenham valores a devolver receberão documento com os dados dos
usuários que já solicitaram a devolução com indicação de chave Pix, e terão 10
dias úteis para fazer a transferência. "No caso das instituições que não
aderiram ao Termo de Adesão, a devolução deverá ser feita na forma acordada
entre as partes após o contato do usuário pelos canais da instituição informados
no sistema", disse o BC.A consulta e devolução de valores estão divididas
em duas fases. Na primeira etapa, já disponível, são cerca de R$ 3,9 bilhões de
valores a serem devolvidos, com recursos de conta-corrente ou poupança
encerradas com saldo disponível, além de tarifas, parcelas ou obrigações
relativas a operações de crédito cobradas indevidamente (com devolução prevista
em Termo de Compromisso do banco com o BC).Também estão incluídos nessa fase
cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes
de cooperativas de crédito, assim como recursos não procurados relativos a
grupos de consórcio encerrados.O BC prevê que a segunda fase deve ser iniciada
ainda no primeiro semestre de 2022. Nessa etapa, estarão disponíveis recursos
de: tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas
indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso com o BC; contas de
pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível; contas de
registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores
mobiliários encerradas com saldo disponível; entre outros.( Fonte R 7 Noticias
Brasil)
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