Ex-líder do cartel de Sinaloa, no México, foi condenado pela Justiça americana à prisão perpétua, em 2019, por dezenas de crimes .
Um Tribunal de Apelações dos Estados Unidos confirmou, nesta
terça-feira (25), a sentença de prisão perpétua do traficante mexicano Joaquín
"El Chapo" Guzmán, condenado em julho de 2019 por tráfico de drogas e
lavagem de dinheiro, entre outras acusações.Diante do recurso interposto pela
defesa de El Chapo para anular o julgamento, o Tribunal de Apelações concluiu
que "o juiz Brian Cogan [instrutor do caso] conduziu um julgamento
diligente e justo de três meses"."Por essas razões, a decisão
resultante é afirmativa", disse o juiz Jon O. Newman, do segundo circuito
do Tribunal de Apelações do Brooklyn.Um dia depois de conhecida a sentença, a
defesa recorreu para solicitar um novo julgamento, alegando que o de 2019 foi
obscurecido “pelo excesso desenfreado e pelo excesso de poderes tanto do
governo quanto do sistema judiciário”.Nenhuma das dez denúncias apresentadas
pela defesa de um dos maiores traficantes de drogas da história do México tem
"fundamentos" para revisar a decisão proferida pelo juiz Cogan, disse
Newman. A defesa baseou seu pedido no fato de um dos jurados, falando sob a
condição de anonimato, ter dito ao site de notícias Vice que ele e outros
haviam se informado sobre o caso na imprensa e nas redes sociais durante o
processo, algo que era proibido.Da mesma forma, argumentou que o isolamento
total de Chapo desde sua extradição para os Estados Unidos, em janeiro de 2017,
o impediu de colaborar em sua defesa antes e durante o julgamento. Em 18 de
julho de 2019, o tribunal federal do Brooklyn considerou El Chapo culpado dos
dez crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e uso de armas de fogo dos
quais era acusado. O tribunal o condenou à prisão perpétua, e ele está detido
na prisão de segurança máxima ADX Florence, localizada no deserto montanhoso do
Colorado.O governo dos EUA o acusa de ter introduzido no país, durante um
quarto de século, 1,44 tonelada de pasta de cocaína,
Nenhum comentário:
Postar um comentário