Ação seria uma retaliação contra atentado com drones que matou três pessoas em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.
Um ataque da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita na
cidade de Hodeidah, no Iêmen, deixou cerca de 200 mortos e dezenas de feridos
no norte do país nesta sexta-feira (21), informam a emissora local Mayadin e
organizações de assistência humanitária.A área da ação é dominada pelos
rebeldes houthis que, há quatro dias, fizeram um ataque com drones em Abu
Dhabi, que deixou três mortos. Os números oficiais não são exatamente
conhecidos, já que o Iêmen é um país devastado por sete anos de guerra e
acumula inúmeras tragédias.A Cruz Vermelha Internacional, que atua na ajuda
humanitária a milhões de iemenitas, havia confirmado ao menos 100 mortos e
feridos. A ONG Save the Children informou que três crianças morreram enquanto
jogavam bola em uma área atingida por mísseis. Já a Médicos sem Fronteiras
notificou 70 mortes e 140 feridos.Além da perda de vidas humanas, toda a região
ficou sem acesso à internet, já que bombas foram lançadas em áreas de controle
das telecomunicações. Esse é o segundo ataque como represália pela ação com
drones dos houthis, que são apoiados pelo Irã. Há três dias, um bombardeio na
capital Sanaa matou 14 pessoas.Conforme apontam dados das Nações Unidas,
durante a guerra mais de 377 mil pessoas já morreram no Iêmen, seja em ataques
ou por falta de comida ou por falta de assistência médica. Há ainda milhões de
pessoas deslocadas dentro do país, e a maioria da população precisa de ajuda
humanitária para sobreviver. O secretário-geral da ONU, António Guterres,
condenou os ataques aéreos da coalizão e "lembrou a todas as partes que
ataques diretos contra civis e infraestruturas civis são proibidos pelo direito
humanitário internacional".Em nota, Guterres ainda lembrou que todos os
países têm "suas obrigações" de respeitar os direitos e o dever de
"garantir que os civis sejam protegidos dos perigos das operações
militares, aderindo aos princípios de proporcionalidade, distinção e
precaução".O líder da ONU ainda pediu "investigações rápidas,
eficazes e transparentes sobre esses incidentes para garantir a
responsabilidade" de cada um e "uma urgente desaceleração da
situação".( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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