Um dia sem notícias de um filho já é um pesadelo que muitos não suportam sequer imaginar. Mas, o drama de Maria José Vicente Costa, de 85 anos já dura quase três meses.
O filho, Laír Vicente Costa, de 54 anos,
saiu de casa numa manhã de outubro para comprar cigarros e linguiça num
comércio próximo e nunca mais foi visto. Laír é esquizofrênico. Uma
doença mental que o incapacitava, mas não totalmente. Segundo a família, ele
sofria crises. Fora delas, levava uma vida relativamente normal, usando
medicação. Antes de desaparecer, desde que saiu de casa, ele morava no bairro Santa
Maria de Nazaré, próximo à rodoviária. “Ele estava bem e não tinha inimigos.
Era dia e a rua estava movimentada. Não consigo entender o que aconteceu”,
relata ela com lágrimas nos olhos. Mais velho de três filhos,
Laír não era violento e nem se envolvia em confusões. “Pelo contrário, era
amigo de todos, uma pessoa inofensiva que cuidávamos com muito carinho”, conta
o irmão caçula Clayton Vicente Costa, o caçula, de 42. Clayton, mais conhecido
como “Ronaldinho”, é empresário e explica que o sumiço de Laír tem sido um
golpe muito duro para a mãe, que há dois anos perdeu a filha do meio, vítima de
intoxicação por drogas. Suspeitas Ele relata que o
marido dela, com quem foi casada por 30 anos, a teria influenciado a seguir
esse caminho perigoso. “Minha mãe nunca aceitou esse relacionamento por temer o
pior. E o pior, como ela previa, acabou acontecendo”, afirma. Desde então, a
família tem enfrentado problemas com o ex-cunhado. Inclusive, Clayton o aponta
como um dos três principais suspeitos de terem envolvimento no desaparecimento
de Laír. “Meu irmão não ia sumir por conta própria. Acredito que ele foi
raptado e que judiaram dele. Não quero acreditar que tenha morrido mas, depois
de tanto tempo, a gente vai pensando no pior”, detalha. As suspeitas foram
passadas à polícia civil, que investiga o caso desde o sumiço. O delegado
responsável pelo caso já ouviu algumas testemunhas. No entanto, isso não tem
tranquilizado a família. Clayton declara que a mãe só chora em casa e que tem
sido quase impossível levar a vida adiante sem ter notícias de Laír. “É só se
colocar no meu lugar, no lugar da minha mãe. Perder uma filha e, em seguida, o
filho. Quando alguém desaparece, os pais enlouquecem enquanto procuram. A vida
perde a graça”, diz o empresário.Por enquanto a polícia não tem indícios que
levem ao paradeiro de Laír. Clayton solicita celeridade e empenho do poder
público nas investigações. Ele pede que, se alguém tiver qualquer informação,
que ligue, ainda que anonimamente, para o Disque-Denúncia 197. “Precisamos da
ajuda da população com qualquer detalhes sobre o caso. Só assim vamos poder ter
um pouco mais de paz. Não custa nada e não tem necessidade de se identificar”,
pede Clayton.( Fonte Jornal Contexto Noticias GO Brasil)
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