Nação insular do Pacífico, Samoa
mantém governo de 40 anos após disputa acirrada.
Sigla governista samoana deve
permanecer no poder com um voto de diferença após diversas rodadas de empate.
As
eleições de Samoa, nação insular do Pacífico, terminaram com a reeleição do
atual HRPP (Partido de Proteção dos Direitos Humanos), nesta terça (20), após
dias de disputa acirrada. A sigla que governa o país há 40 anos seguirá no
poder por apenas um voto de diferença após uma votação histórica, confirmou a
agência chinesa Xinhua.
A sigla empatou em várias rodadas com o opositor Fast (Fa’atuatua i le Atua
Samoa ua Tasi). Estabelecido apenas seis meses antes das eleições, o partido
construiu uma base sólida de oposição ao governo que detinha, até então, 46 dos
50 assentos do Parlamento samoano. Quem segue no poder é Tuilaepa Sailele
Malielegaoi – primeiro-ministro da ilha há 23 anos, confirmou o principal
jornal local, “Samoa Observer”.
Muitos o acusam de manter uma “influência injusta” sobre os meios de
comunicação do país. Apesar da permanência do partido
dominante, as eleições de Samoa foram históricas. O fortalecimento de um
partido de oposição fez com que o pleito fosse decidido pelas quase inéditas candidatas
mulheres da democracia insular. O desempate ficou à cargo da
candidata Aliimalemanu Alofa Tuuau, que preencheu a cota de 10% dos assentos
destinados às mulheres. Com 26 parlamentares contra 25, do Fast, o HRPP
governará Samoa, de 200 mil habitantes, por mais cinco anos. Nas últimas
eleições, em 2016, o HRPP teve maioria esmagadora. Ao todo, 189 candidatos
disputaram as eleições de Samoa, incluindo 21 mulheres. Os mandatos no país
duram cinco anos. Além da vitória da oposição, o pleito também foi classificado
como “histórico” pelo recorde em participação
feminina. Recursos
para oposição vieram do exterior Conforme a
emissora australiana ABC,
os principais responsáveis por impulsionar a campanha do Fast foram os
migrantes samoanos baseados na Austrália. Ainda que a
população da ilha seja de apenas 200 mil habitantes, estima-se que 500 mil
descendentes vivam no exterior. Diásporas da Austrália, Nova Zelândia e EUA
reuniram mais de um milhão de talas – o equivalente a US$ 500 mil – para o
partido neófito. “Em contraste, o HRPP não tinha uma estratégia eleitoral há
anos”, disse a especialista em ciência política da Universidade Massey,
Christina Laalaai-Tausa. Além disso, três emendas constitucionais aprovadas no
final de 2020 permitiram a intervenção política em áreas como o Tribunal de
Contas, o que diminui a possibilidade de prestação de contas por parte dos
governantes.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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