ONU: 2020 está entre os anos com
temperaturas mais altas, diz agência.
Novo relatório do OMM alerta que
mudança climática segue implacável e eventos extremos se intensificam.
A
ONU confirmou que 2020 foi um dos três anos mais quentes da história. A
temperatura média global esteve cerca de 1,2 ° Celsius acima dos níveis
pré-industriais, segundo o Estado do Clima
Global 2020 lançado esta segunda-feira. O relatório ressalta
recordes de temperaturas mais altas nos seis anos posteriores a 2015 e na
década entre 2011 e 2020. O secretário-geral da ONU, António Guterres, e o
secretário-geral da OMM (Organização Meteorológica Mundial), Petteri Taalas
apresentam o documento. O aquecimento foi observado no ano passado, mesmo
com o resfriamento devido ao fenômeno climático do La Niña.
O estudo compilado pela OMM e parceiros aponta condições climáticas extremas
que aliadas à Covid-19 foram um golpe duplo para milhões de pessoas no
período. A desaceleração econômica devido à pandemia não chegou
para frear os fatores que impulsionam a mudança climática e os impactos de sua
aceleração. A análise envolveu indicadores do sistema climático, tais como
concentrações de gases de efeito estufa, aumento das temperaturas terrestre e
do oceano, nível do mar, derretimento do gelo e recuo das geleiras e condições
climáticas extremas. Padrão Quanto aos gases de efeito estufa, as concentrações
continuaram a aumentar em 2019 e 2020. As concentrações do dióxido de carbono,
CO2, ultrapassaram 410 partes por milhão, ppm. A manter-se o padrão dos anos
anteriores, receia-se que o mesmo atinja ou ultrapasse 414 ppm em 2021. A
desaceleração econômica como efeito da pandemia reduziu temporariamente as
novas emissões de gases de efeito estufa, mas não teve impacto perceptível nas
concentrações atmosféricas. A acidificação e desoxigenação dos oceanos
continuaram impactando os ecossistemas, a vida marinha e a pesca. Os mares
absorvem cerca de 23% das emissões anuais
de CO2 antropogênico para a atmosfera sendo uma espécie de
amortecedor das mudanças climáticas. O documento também destaca os
impactos no desenvolvimento socioeconômico, da migração e deslocamento, da
segurança alimentar e dos ecossistemas
terrestres e marinhos. Preocupação O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, lembrou que
passaram 28 anos desde a publicação do primeiro relatório sobre o estado do
clima. Em 1993, a primeira edição deveu-se a preocupações sobre mudanças
climáticas já previstas na época. O especialista disse que embora tenha
aumentado a compreensão do sistema climático e do poder de computação desde
então, a mensagem básica permanece a mesma Taalas realça que o mundo tem dados
que mostram aumentos significativos das temperaturas na terra e no mar nesse
período, bem como outras mudanças como aumento do nível do mar, derretimento do
gelo marinho e geleiras e mudanças nos padrões de
precipitação. Mas o especialista defende que isso ressalta a robustez da
ciência do clima com base nas leis físicas que regem o comportamento do sistema
climático. ( Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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