Presidente discursou
na 2ª edição brasileira da Conferência de Ação Política Conservadora,
neste sábado (4), em Brasília.
O presidente Jair Bolsonaro
(sem partido) voltou a criticar neste sábado (4), na Cpac (Conferência de Ação
Política Conservadora, na tradução do inglês), em Brasília, o ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, apesar de não citá-lo diretamente.
“Infelizmente, temos um ministro do Supremo, um ministro do Supremo que está
dando um tom completamente errado. Lá, todos devem zelar pela Constituição.
[...] Este um está contaminando a nossa democracia, esse um está ignorando
vários incisos do artigo 5º da Constituição e está ignorando o outro
dispositivo que fala da liberdade de expressão”, disse o presidente.Bolsonaro
cobrou ainda providências do STF quanto à conduta do ministro nos chamados
inquéritos das fake news e das milícias digitais, que investiga
ataques à democracia. “Quando um deputado federal ou um senador está
extrapolando, o que é comum? A princípio ele vai pro Conselho de Ética. E no
Supremo Tribunal Federal quando um ministro está saindo também pela tangente na
curva, o que acontece com ele?”, indagou. “Falar em fraude agora virou fake news.
Ou eu falo o que os cara querem ou abrem inquérito contra mim. Estão achando
que vão me broxar. Estão achando que vou recuar. Eu sei que está do lado deles
é muito, muito fácil, mas não fugirei da verdade e nem do compromisso que fiz
para com vocês”, disse. Bolsonaro pediu ao Senado Federal, no último dia
20 de agosto, o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.O
presidente defendeu novamente o voto impresso e criticou também o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). “Daqui a pouco vira a Casa da Mãe Joana”, disse ele
ao se referir a um possível efeito dominó causado pela desmonetização de canais
por supostos discursos antidemocráticos decidida pelo Corregedor-Geral
Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão.Segundo o presidente, “se o TSE pode,
os TREs também podem fazer [a desmonetização”. Isso seria um embraço à
liberdade de expressão, de acordo com o mandatário. Ele afirmou também que
houve fraude nas eleições de 2018 e comentou o atentado que teria sofrido à
época. "Uma facada que veio por parte daqueles que iriam perder as
eleições mesmo com fraude”, disse. 7 de
Setembro Bolsonaro disse ainda que as manifestações marcadas
para o dia 7 de Setembro, em defesa do governo e “da liberdade”, não terão atos
de violência ou depredação de patrimônio público ou privado. “Nós somos
pacíficos. Nunca invadimos e nem invadiremos nenhum prédio por ocasião desse
momento”. O presidente da República garantiu que os atos vão respeitar a
Constituição. “Não jogaremos fora das ‘quatro linhas’. Mas não permitiremos que
ninguém, com o uso da força, jogue também”, afirmou. Ele aproveitou para, em
tom de provocação, “convidar também qualquer ministro, dos 10 que estão no STF”
para os atos. CoronaVac e “passaporte
da vacina” O presidente aproveitou o evento para criticar
indiretamente o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e lançar dúvidas
sobre a eficácia da CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan. “Por que
ficarmos apenas focados na vacina. E eu pergunto: fala-se em comprovação
científica. A CoronaVac tem comprovação científica?”. Bolsonaro defendeu
novamente o uso de hidroxiclororquina e ivermectina como "tratamento
precoce" contra a Covid-19 e afirmou ser um absurdo que prefeitos e
governadores queiram tornar obrigatório o comprovante de vacinação para a
entrada em espaços públicos. “Ainda querem o ‘passaporte da vacina’. É uma
irresponsabilidade”, disse. Rodrigo
Maia Jair Bolsonaro respondeu ainda a uma insinuação feita por
Rodrigo Maia (sem partido), ex-presidente da Câmara dos Deputados, em uma
entrevista na última quinta-feira (2). “Eu tenho uma grande dúvida [se o
Bolsonaro é gay]. Eu acho que é. Não tem nenhum problema”, disse o
ex-parlamentar. Segundo Bolsonaro, “depois que ele foi trabalhar com o Doria
[governador de São Paulo], ele se interessou pela pauta LGBT. Esse gordinho
nunca me enganou”, referindo-se a Maia. “Olhem o nível que chega a política. Um
cidadão que até há pouco era a terceira pessoa na escala hierárquica, depois de
mim, do vice, era o presidente da Câmara. A que nível ele chegou”, complementou.(
Fonte R 7 Noticias Brasil)