Após explosões de ontem, prédios e carros passaram por varreduras, mas nada foi encontrado.
A Polícia
Legislativa da Câmara dos Deputados pretende sugerir mudanças nos protocolos de
segurança da Casa após as explosões ocorridas na quarta-feira (13) à noite na
Praça dos Três Poderes e proximidades. Mas já há um reforço da segurança. Uma
das ideias é restringir a entrada principal do Congresso, chamada de
Chapelaria, às autoridades. Hoje, ela é de acesso público embora, após o 8 de
Janeiro, todas as entradas tenham detectores de metais e raio-x. De acordo com
a Polícia Legislativa, o autor do atentado, Francisco Wanderley Luiz, entrou na
Câmara pelo anexo 4, às 8h15 da manhã de quarta, entregou documento, passou
pelo raio-x, foi ao banheiro e saiu novamente. O carro de Francisco com
explosivos estava justamente no estacionamento público próximo ao anexo 4, onde
está a maior parte dos gabinetes dos deputados. Com auxílio da Polícia Militar
de Brasília, foi feita uma varredura na madrugada desta quinta (14) nos locais
por onde Francisco passou e nada foi encontrado. Pela manhã, foi feita uma
varredura em todas as áreas comuns da Câmara e, com cães da Polícia Legislativa
do Senado, uma busca no subsolo e no térreo do anexo 4. Também nesta quinta
pela manhã, ocorreram algumas explosões controladas no estacionamento público,
duas em artefatos suspeitos, uma para abrir o carro de Francisco e outra para
abrir um quiosque que ele alugou. Não foi encontrado nada no quiosque. Após
essas medidas, os servidores e parlamentares puderam voltar ao trabalho ao
meio-dia. Sessão do Plenário No momento das explosões, na
quarta, estava acontecendo uma sessão de votação no Plenário da Câmara que
acabou sendo interrompida pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que
presidia os trabalhos. “Não é para alardear. Pode estar tudo sob controle lá fora.
Só que eu vou pedir para que esteja aqui alguém da segurança para que eles
possam passar as orientações corretamente, com as devidas técnicas, para que
todos possamos estar seguros.” Como deverão ser feitas novas varreduras
preventivas, a visitação ao Congresso Nacional foi suspensa de 14 a 17 de
novembro. Na Câmara, a pedido do deputado Lafayette de Andrada
(Republicanos-MG) foi cancelada uma sessão solene em homenagem aos advogados da
União prevista para esta quinta. Nas comissões, foi mantida uma audiência
pública sobre professoras da educação infantil. As investigações sobre as
explosões ainda estão em andamento. A Polícia Legislativa trabalha em
colaboração com as outras forças policiais. Reportagem - Silvia Mugnatto Edição
- Geórgia Moraes Fonte: Agência Câmara de Notícias
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