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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Assaltos a caminhoneiros e demais transportadores renderam mais de um bilhão de reais no ano passado.

 

A gravidade do assunto foi tema de debate, esta semana, entre representantes de diversos segmentos na Câmara do Deputados em Brasília

Mesmo com o registro de quedas nos últimos anos, o roubo de cargas, ainda, causa enormes prejuízos e insegurança nas estradas brasileiras, segundo ressaltaram participantes de debate na Comissão de Transportes da Câmara Federal. Para o presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, Eduardo Rebuzzi, de 2017 ao ano passado houve uma diminuição de 54% nesse tipo de delito. Mas, os prejuízos permaneceram altos. O valor das mercadorias roubadas em 2023 soma, segundo ele, mais de um bilhão de reais. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, mostrou que 46% dos caminhoneiros do País já foram assaltados, pelo menos, uma vez. Medicamentos, alimentos, eletroeletrônicos, metais, combustíveis e roupas respondem por 88% dos produtos roubados. Leia também: Vestido de Coringa e adepto do QAnon: quem é o homem por trás do atentado? Dentre as medidas para se reduzir o furto e o roubo de cargas, os participantes da audiência pública defenderam punição maior para os receptadores das mercadorias. A entidade ressalta que “os produtos mais visados, como combustíveis, alimentos e metais, não são vendidos em camelôs. Logo, existem empresas legalizadas que comercializam esses produtos e devem ser punidas. Tudo isso vai para receptador, vai para rede legalizada, de indústria de comércio, que comercializam os produtos com ganhos enormes. Então, chegou a um estabelecimento, seja indústria, comércio, e encontrou produtos que não têm a nota fiscal, tem que ser suspenso o seu CNPJ, suspensa sua atividade, presos os responsáveis”, diz a nota. De acordo com os dirigentes da Associação, é fundamental o aumento das penas para a receptação de mercadorias roubadas. Com essa medida, acredita-se que os criminosos vão permanecer detidos, ao contrário do que ocorre hoje. Realidade O Brasil tem 75 mil km de rodovias, mas tem, apenas, 12 mil e 500 policiais rodoviários federais para fiscalizarem toda essa extensão. No debate, os participantes, ainda, pediram a aprovação de propostas que estão em análise na Câmara relacionados ao roubo de cargas. Uma delas é de autoria do deputado Zé Trovão (PL-SC) que prevê a federalização do crime de roubo de carga segurada com investigação sob responsabilidade da Polícia Federal. Mas, o presidente do Instituto Carga Segura, Júlio Cezar Dos Reis, demonstrou preocupação com a medida. Ele ressaltou que o País conta com menos de 13 mil policiais federais, contra mais de 100 mil policiais civis. Ele destacou que muitas cidades não contam com a presença da Polícia Federal, o que poderia dificultar a notificação dos crimes. O deputado Zé Trovão, todavia, garantiu que a intenção é colocar a Polícia Federal, também, no rol daqueles que investigam e que tratam desses assuntos. Já o coordenador-substituto de Áreas Especializadas de Combate ao Crime da Polícia Rodoviária Federal, Francisco Rodrigues de Oliveira Neto, argumentou que o roubo de cargas é um problema difícil de se resolver. O policial sublinhou que o País conta com mais de 75 quilômetros de rodovias, mas, tem um reduzido número de policiais rodoviários federais. Uma medida eficaz no combate a esse tipo de crime, na opinião de Oliveira Neto, seria o uso de tecnologias para rastrear os produtos de maior valor. Desta forma, ele acha que seria possível identificar a origem e o destino das mercadorias e, caso sejam roubadas, saber onde e por quem estão sendo comercializadas.  (Com informações da Agência Câmara de Notícias).(Fonte Jornal Contexto Noticias GO))

 

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