Segundo cálculos do governo de São Paulo, trata-se do maior volume já
registrado no país, superando chuvas de tragédias.
As chuvas que atingiram
municípios do litoral norte de São Paulo, matando ao menos 36 pessoas, foram
também o maior acumulado que se tem registro no país, com 682 milímetros e um
rastro incalculável de destruição, segundo informações do governo de São Paulo.
Ainda há 40 pessoas desaparecidas, com mais de 1.730 desalojados e 766
desabrigados. Em 2022, Petrópolis (Rio de Janeiro) teve o acumulado de 530
milímetros de chuva em 24 horas. Antes, o maior índice havia sido registrado em
Florianópolis (Santa Catarina), em 1991, com acumulado de 400 mm em apenas um
dia. São Sebastião foi um dos municípios mais afetados neste feriado prolongado
de Carnaval, com deslizamentos de encostas, alagamentos e bairros isolados
devido à interdição de vias de acesso. O número de mortos já supera a tragédia
de Franco da Rocha, em 2022, com o deslizamento que matou 18 pessoas. O
acumulado de chuva nessa oportunidade foi de 70 milímetros em 24 horas. Segundo
o meteorologista Luiz Nachtigall, da Metsul Meterologia, a chuva de 682 mm é a
maior registrada no Brasil, mas não necessariamente a maior já ocorrida.
"Apenas mais recentemente há uma maior cobertura de pontos de medição de
chuva com o avanço da tecnologia de transmissão de dados. Não houvesse uma
enorme quantidade de pontos de medição do Cemaden (Centro Nacional de
Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) na área, e mesmo assim nem todos
estavam operacionais, não se teria o dado de chuva de quase 700 mm. Ele
divulgou artigo sobre o tema na página da Metsul. Na história de São Paulo, a maior
tragédia ocorreu em 18 de março de 1967 no município de Caraguatatuba, próximo
a São Sebastião, quando as fortes chuvas causaram o desmoronamento de encostas
e centenas de casas foram soterradas. Segundo a contagem feita na época, 487
pessoas morreram, mas estima-se que o número de óbitos tenha sido muito maior. O
temporal registrado no último fim de semana, segundo o Centro Nacional de
Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), resultou no acumulado de 682
mm em Bertioga, 626 mm em São Sebastião, 337 mm em Ilhabela, 335 mm em Ubatuba
e 234 mm em Caraguatatuba.Outras tragédias no
Estado Em 2020, em Guarujá, 34 pessoas morreram vítimas de
deslizamentos depois de 121 mm de acumulado de chuva. O município de Itaóca, no
Vale do Ribeira, sofreu com inundações em 2014. Os 24 milímetros de chuva
deixaram um rastro de destruição, com 25 óbitos, dois desaparecidos, 21
desabrigados e 332 pessoas desalojadas.Cubatão, na Baixada Santista, registrou
grandes inundações em 2013. Uma pessoa morreu e 1.200 ficaram desalojadas com
177 mm de precipitações em 24 horas. São Luiz do Paraitinga também sofreu com
as inundações em 2010. Houve um óbito, 97 desabrigados e 881 desalojados com 60
mm de chuva.( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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