Próximo presidente deve ter ao menos 33 ministros; comando das pastas
deve ser negociado com frente ampla.
Eleito com 50,9% dos votos válidos no segundo
turno, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir com partidos e aliados nos
próximos dias para decidir a composição do futuro governo. Durante a campanha,
ele resistiu
à pressão de apresentar nomes, mas informou que novas pastas
devem ser criadas ou recriadas a partir de 2023. Caso cumpra a promessa, Lula vai escolher
ministros para pastas como a da Mulher, Segurança Pública,
da Igualdade Racial, dos Povos Originários, da Cultura, da Pesca, do
Planejamento, da Fazenda, da Indústria e do Desenvolvimento Agrário, além das
que já existem na Esplanada dos Ministérios. A composição da Esplanada dos
Ministérios com Lula no Palácio do Planalto deve aumentar dos atuais 23
ministérios para ao menos 33. Essa ainda é uma conta preliminar e o número pode
crescer até a posse do petista. A ideia de Lula é desmembrar os gigantes
da Esplanada e setorizar os temas, o que facilitaria a gestão no entendimento
da equipe dele. Especialistas, no entanto, dizem que quanto mais pastas
para o governo administrar, mais difícil deve ficar o contato direto do
presidente eleito com os seus ministros, o que pode
comprometer a eficiência administrativa da gestão de Lula. Além
disso, a ampliação de ministérios é vista como uma forma de o petista acomodar
aliados, ainda mais considerando que o PT formou uma coligação com outros nove
partidos para disputar a eleição presidencial deste ano.Lula, de todo modo,
quer priorizar nomes do próprio PT. Fernando Haddad (PT), por exemplo, que perdeu
a eleição para o Governo de São Paulo na disputa com
Tarcísio de Freitas (Republicanos), não deve ser abandonado. O professor
universitário é um dos cotados para um dos ministérios da área econômica, pois
Lula deve desmembrar o atual superministério chefiado por Paulo Guedes, que
cuida da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior. Concorrem
com Haddad o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central Henrique
Meirelles, o economista Gabriel Galípolo e o ex-ministro da Casa Civil Jaques
Wagner. O Ministério da Justiça e Segurança Pública é outro que
deve ser dividido. Para a vaga de ministro da Justiça, dois nomes são cotados:
o do ex-governador do Maranhão e senador eleito Flávio Dino (PSB) e o do
advogado e filósofo Silvio Almeida.Simone Tebet (MDB-MS), aliada na campanha
depois de perder a eleição ao Planalto no primeiro turno, é apontada como uma
opção para os ministérios da Agricultura e da Educação. Na Agricultura, ela
disputa preferência com a senadora Kátia Abreu (PP-TO) e com o senador
Carlos Fávaro (PSD-MT). Na Educação, também são estudados os nomes do
ex-governador do Ceará e senador eleito Camilo Santana (PT) e do ex-deputado
federal Gabriel Chalita (sem partido).O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin
(PSB-SP), escolhido por Lula para coordenar a transição de governo, é um nome
possível para ao menos duas pastas: a da Saúde e a da Defesa. Caso ele seja
indicado para algum ministério, acumularia as funções de vice-presidente e
ministro. Outro nome sondado pela campanha petista para assumir o Ministério
da Saúde é o do infectologista David Uip. Dois dias antes da
eleição, o médico se desfiliou do PSDB após 27 anos no partido. Ele disse que a
decisão de deixar o partido não tem relação com seu futuro no governo petista e
comentou que, embora saiba que é um dos cotados para a Esplanada dos
Ministérios, ainda não foi procurado por Lula nem pelo PT.No Ministério do Meio
Ambiente, dois nomes também estão no radar de Lula: Marina Silva (Rede), que
foi eleita deputada federal por São Paulo e já comandou a pasta, e o senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi um braço forte do petista na campanha no
Norte do país. Para a Casa Civil, Lula sinalizou que tem preferência por
um nome de confiança e com experiência na articulação com outros ministros,
governadores e com o Congresso Nacional. Para essa pasta, são cotados os nomes
do ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT) e
do governador da Bahia, Rui Costa (PT).( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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