Vice-presidente eleito foi escolhido por Lula para ser o coordenador da transição; nomeação foi publicada nesta sexta-feira no DOU.
A transição do governo Jair Bolsonaro (PL)
para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou,
oficialmente, nesta sexta-feira (4). O vice-presidente
eleito, Geraldo Alckmin (PSB), foi nomeado pelo ministro da Casa
Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), para o cargo especial de
Transição Governamental.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Escolhido pela equipe
de Lula para coordenar a transição de governo, o ex-governador de São Paulo
ganha o status de ministro extraordinário e será responsável por requisitar as
informações dos órgãos e entidades da administração pública federal. Na
quinta-feira (3), Alckmin se reuniu
com o ministro Ciro Nogueira, que chefia os trabalhos pelo lado
do governo Bolsonaro. Este foi o primeiro encontro para tratar do início da
transição."Entregamos o pedido do presidente Lula nos designando como
coordenadores da transição", disse Alckmin, ao lado da presidente do PT,
Gleisi Hoffmann, e do ex-ministro Aloizio Mercadante. Enquanto o
vice-presidente eleito ficará na liderança dos trabalhos, Gleisi vai coordenar
a parte política, e Mercadante, a técnica.Leia mais: 'Lula lá no
cemitério', diz Nelson Piquet ao insinuar sobre morte de presidente eleito
Segundo Alckmin, o processo de transição já se iniciou,
mas é na próxima segunda-feira (7) que os pedidos de informação começam a ser,
de fato, repassados. "A conversa foi bastante proveitosa e muito
objetiva", afirmou o pessebista. Encontro com BolsonaroAinda nesta quinta (3), o vice-presidente
eleito se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto pela
primeira vez desde a vitória de Lula nas urnas. O encontro não estava na agenda
oficial de Bolsonaro, mas o presidente tomou a iniciativa de conversar com
Alckmin. Segundo o vice-presidente eleito, Bolsonaro se dispôs a contribuir com
o governo de transição.Transição Regulamentado pela
lei nº 10.609/2002 e pelo decreto 7.221/2010, o período de transição tem o objetivo
de propiciar condições para que o candidato eleito, Lula, possa receber de seu
antecessor, Bolsonaro, todos os dados e informações necessárias à implementação
do programa do novo governo.Os membros da equipe de transição serão indicados
por Lula e devem ter acesso às diversas informações relacionadas às contas
públicas, aos programas e projetos, entre outras informações. O grupo é formado
por 50 pessoas, que assumem os cargos especiais de transição governamental
(CETG).A equipe de transição é supervisionada por um coordenador — Alckmin —
que ganha o status de ministro extraordinário e a quem competirá requisitar as
informações dos órgãos e entidades da administração pública federal.A ideia é
incluir indicações dos nove partidos que formaram aliança no primeiro turno,
além de apoios importantes no segundo turno, como o da senadora Simone Tebet
(MDB-MS), que concorreu às eleições para a Presidência da República.O grupo
ficará instalado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, que foi
palco de trabalho da equipe de transição do ex-presidente Michel Temer (MDB)
para Bolsonaro, em 2018. O espaço fica a cerca de
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