Ação foi uma resposta a uma série de foguetes disparados a partir do território controlado pelo grupo islamita Hamas.
Israel executou dois ataques aéreos nesta
quinta-feira (21) contra a Faixa de Gaza em resposta a uma série de foguetes
disparados a partir deste território controlado pelo grupo islamita Hamas, em
um momento de grande tensão nos locais sagrados de Jerusalém.Na quarta-feira à
noite, um foguete, o segundo esta semana, foi lançado a partir da Faixa de Gaza
e caiu em um campo da cidade israelense de Sderot (sul), sem provocar feridos. Em
resposta, o exército israelense empreendeu uma série de ataques aéreos, que
atingiram o centro do pequeno território de 2,3 milhões de habitantes. "Os
caças de combate do exército israelense atacaram posições militares e a entrada
de um túnel que leva a um complexo subterrâneo onde são armazenados produtos
químicos para os foguetes", anunciaram as Forças Armadas.O porta-voz do
Hamas, Hazem Qasem, afirmou em um comunicado que "os ataques na Faixa de
Gaza aumentam a determinação da população e da resistência (...) para defender
nossos locais sagrados em Jerusalém e sem importar os sacrifícios".Horas
depois, mais quatro foguetes foram lançados a partir do território palestino,
segundo o exército israelense, que afirmou ter interceptado todos os projéteis
com seu escudo antimísseis.Na segunda-feira, um foguete lançado a partir de
Gaza também foi interceptado pelo escudo antimísseis israelense "Cúpula de
Ferro".Após o lançamento, que não foi reivindicado, a aviação israelense
bombardeou supostas posições do movimento islamita Hamas, que respondeu com
foguetes terra-ar contra as aeronaves.As hostilidades acontecem após os
confrontos do fim de semana entre manifestantes palestinos e policiais
israelenses na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, o terceiro local mais
sagrado do islã e o mais sagrado do judaísmo, com o nome de Monte do Templo.Os
distúrbios se repetiram na manhã de quinta-feira. A polícia israelense afirmou
que "dezenas de agitadores atiraram pedras e garrafas incendiárias a
partir da mesquita de Al Aqsa" contra os agentes."Um pequeno grupo
violento impede a entrada dos fiéis muçulmanos na mesquita e provoca
distúrbios", afirmou em um comunicado.As forças de segurança anunciaram a
detenção de sete palestinos que participaram em "incidentes
violentos" no mesmo local na quarta-feira.A presença de judeus - que podem
visitar a esplanada em condições e horários específicos - e de policiais no
local durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã foi considerada pelos
palestinos e vários países da região como uma provocação.A polícia israelense
impediu na quarta-feira à noite que centenas de manifestantes nacionalistas
judeus se aproximassem do bairro muçulmano da Cidade Antiga de Jerusalém para
evitar confrontos que poderiam aumentar ainda mais a tensão.Nacionalistas
haviam convocado uma grande manifestação na Cidade Antiga, onde fica a Esplanada
das Mesquitas, uma marcha que também foi considerada uma
"provocação".A polícia bloqueou os manifestantes, que incluíam muitos
apoiadores do deputado de extrema-direita Itamar Ben Gvir, que foi proibido
pelo primeiro-ministro Naftali Bennett de entrar na área."Não permitirei
que uma provocação política de Ben Gvir coloque em perigo os soldados e os
policiais israelenses", declarou Bennett.Bennett, um político de direita e
ligado ao movimento dos colonos israelenses, lidera um governo de coalizão
ideologicamente diverso.Sua coalizão perdeu recentemente a maioria de apenas
uma cadeira na Kneset (Parlamento israelense).No ano passado, uma manifestação
similar de nacionalistas estava programada para começar na Cidade Antiga,
quando o Hamas lançou uma série de foguetes contra Israel, o que iniciou uma
guerra de 11 dias.Na sexta-feira e no domingo, confrontos entre manifestantes
palestinos e a polícia israelense deixaram mais de 170 feridos na Esplanada das
Mesquitas, coincidindo com as celebrações do Ramadã e da Pessach, a Páscoa
judaica.Nesta quinta-feira, Yael Lempert, da divisão de assuntos do Oriente
Médio do Departamento de Estado americano, e Hady Amr, emissário para questões
israelenses e palestinas também no Departamento de Estado, devem se reunir com
autoridades palestinas em Ramallah, na Cisjordânia, para abordar "os
eventos recentes e a escalada em Jerusalém", de acordo com Hussein Al
Sheikh, um funcionário do governo palestino.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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