Nutricionista explica porque esses alimentos podem
causar os sintomas característicos do problema, como diarreia e vômito .
Ir à praia e não petiscar uma porção de peixe ou camarão, ou
mesmo tomar um suco natural daquela fruta típica da estação, pode ser uma
tarefa difícil. Acontece que os frutos do mar e a água contaminada são os
principais vilões quando o assunto é intoxicação alimentar no verão. A
nutricionista Edvânia Soares, pós-graduada em vigilância sanitária e
especialista em nutrição clínica, explica que, na maioria das vezes, a
conservação inadequada dos alimentos é o que faz com que eles provoquem o
mal-estar característico do problema, como diarreia, vômito, náusea, febre e
dores abdominais. “Normalmente não se sabe a procedência desses frutos do mar
que estão sendo comercializados ou se foram conservados de maneira certa. É
importante que esses alimentos fiquem em uma temperatura abaixo de 10 graus e,
por serem perecíveis, só têm 24 horas de validade. Então, as chances desse
produto passar é muito alta, até porque os ambulantes não têm um controle da
quantidade exata que vão vender em um dia”, afirma. No caso dos
sucos ou mesmo do gelo consumido nas praias, não é possível saber se a água
usada no preparo estava adequada para ser ingerida, ou mesmo se as frutas foram
higienizadas corretamente. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária), existem mais de 250 tipos de doenças transmitidas por alimentos, as
chamadas DTA, que são infecções causadas principalmente por bactérias, vírus e
outros parasitas. Como a intoxicação
alimentar ocorre? A comida já pode estar contaminada mesmo que esteja com o
cheiro e textura agradáveis, de acordo com a nutricionista. Isso porque a
contaminação ocorre em função do manuseio, do armazenamento e da temperatura em
que ela está exposta, o que pode levá-la mais rapidamente ao processo de
deterioração. “Um alimento tem que estar em uma temperatura abaixo de 10
graus ou acima de 74. Nesse intervalo, principalmente entre 20 e 40 graus, é
quando uma bactéria pode se desenvolver e conseguir se proliferar melhor”,
destaca Edvânia. Ao ingerir um petisco em más condições, o corpo até tenta
combater os microorganismos nocivos, mas nem sempre é possível liquidá-los
totalmente. “O corpo tenta fazer o processo de digestão, existem bactérias
boas para ajudar a digerir esse alimento, assim como temos as enzimas na boca
para auxiliar o estômago. Mas se é uma bactéria com uma carga patogênica mais
alta, ela pode cair no intestino. Às vezes essa bactéria boa do intestino não
vai conseguir combater a ruim, então é quando aparecem os primeiros sintomas e
o intestino começa a oscilar”, explica a nutricionista.Como tratar uma intoxicação alimentar? Evitar a desidratação é a principal
medida durante o tratamento de uma intoxicação alimentar e isso pode ser feito
com a ingestão adequada de água e isotônicos naturais, como a água de coco.
Além disso, é importante procurar um atendimento médico para que a medicação
correta seja administrada. “Se a intoxicação não for tratada corretamente, ela
pode levar até a morte, porque nesse processo de desidratação ocorre um
comprometimento de todos os órgãos, a pessoa começa a ter tontura e até
confusão mental”, ressalta a especialista.Em casos de diarreia aguda, a Anvisa
também recomenda a ingestão de sal de reidratação oral, que é disponibilizado
gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Por outro lado, a agência
contraindica o uso de bebidas esportivas, por não compensarem corretamente as
perdas de fluidos e eletrólitos, e de antiperistálticos.( Fonte R 7 Noticias
Brasil)
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