Ela relatou que era obrigada a dormir no mesmo quarto que o ex-técnico, em um colchão no chão, e era constantemente acordada para ajudá-lo a ir ao banheiro.
Uma cuidadora que trabalhou para Mario Jorge Lobo Zagallo,
ex-técnico da seleção brasileira, está buscando na Justiça uma indenização de
R$ 190 mil. Durante uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de
Janeiro, a mulher afirmou que esse é o valor que aceita em um eventual acordo,
resultante de um processo trabalhista iniciado no início deste ano. A
informação é do portal de notícias UOL. A cuidadora alegou que enfrentou
condições de trabalho inadequadas e humilhantes enquanto cuidava de Zagallo,
que faleceu no início de 2024. Ela relatou que era obrigada a dormir no mesmo
quarto que o ex-técnico, em um colchão no chão, e era constantemente acordada
para ajudá-lo a ir ao banheiro, sendo assim requisitada 24 horas por dia. A
enfermeira também afirmou que não tinha tempo adequado para suas refeições,
devido à dependência de Zagallo. A profissional ainda acusou Mário César, filho
de Zagallo, de manter uma “conduta abusiva”, de “utilizar um tom ríspido e
ofensivo”, o que configuraria “um ambiente de trabalho hostil e humilhante”. Inicialmente,
a cuidadora havia solicitado uma indenização de R$ 328.115,27, mas durante a
audiência, a família de Zagallo ofereceu apenas R$ 18 mil, proposta prontamente
rejeitada. O processo, que corre em segredo de Justiça, foi aberto em abril de
2024, poucos meses após a morte de Zagallo, e inclui reivindicações por FGTS,
multas, 13º salário, férias proporcionais, diferenças salariais, verbas
rescisórias, horas extras e indenização por assédio moral. Durante a pandemia,
a cuidadora afirmou que, além de suas funções, foi obrigada a realizar tarefas
domésticas, como limpeza do banheiro, passar roupas e preparar as refeições de
Zagallo, devido à ausência de uma funcionária da limpeza. Em sua defesa, a
família de Zagallo negou as acusações, afirmando que a enfermeira dispunha de
acomodações adequadas e que não trabalhava 24 horas por dia, tendo pausas para
alimentação. Eles também contestaram as alegações de assédio moral, argumentando
que as provas apresentadas pela cuidadora estão fora de contexto e que a
relação de emprego é inexistente. (Fonte Jornal Opção Notícias)
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