O conflito entre os dois países completou um ano na última sexta-feira
(24).
Os combates entre as tropas
russas e ucranianas prosseguem neste sábado (25) na Ucrânia, em particular no
leste do país, no momento em que a China avança em seus esforços de mediação em
busca de uma solução para um conflito que completou um ano na última
sexta-feira (24). A China, aliada da Rússia, não adotou uma posição sobre a
invasão, mas na sexta-feira (24) publicou um documento de 12 pontos em que pede
um diálogo às partes, insiste no respeito à integridade territorial e expressa
oposição ao uso de armas nucleares. Os países ocidentais receberam a
intervenção diplomática chinesa com ceticismo, mas o presidente da Ucrânia,
Volodimir Zelensky, se declarou disposto a "trabalhar" com Pequim e
anunciou a intenção de ter uma reunião com o chefe de Estado da China, Xi
Jinping. A Rússia afirmou que "aprecia" os esforços chineses, mas
insistiu na necessidade de reconhecimento da anexação de quatro regiões
ucranianas reivindicadas por Moscou. Sem levar em consideração os
questionamentos de Alemanha e Estados Unidos, o presidente da França, Emmanuel
Macron, considerou o fato de a China se comprometer com os esforços de paz algo
muito bom". Ele anunciou que viajará a Pequim no início de abril. Lukashenko em Pequim Aliada estratégica da
Rússia, a China optou pela abstenção na última quinta-feira (23) na votação de
uma resolução da Assembleia Geral da ONU que exige uma retirada
"imediata" das tropas russas. Macron,
cujo país é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, considerou que a
paz "só é possível se incluir o fim da agressão russa, a retirada das
tropas e o respeito à soberania territorial e do povo ucraniano". O
presidente francês pediu à China que "não entregue armas à Rússia" e
"ajude a pressionar a Rússia para que, evidentemente, não utilize nunca
(armas) químicas nem nucleares, e que interrompa esta agressão antes de uma negociação".
As autoridades chinesas anunciaram, neste sábado, a visita em 28 de fevereiro
do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, aliado do presidente da Rússia,
Vladimir Putin, e que cedeu o território bielorrusso para o início da ofensiva
russa. O Cazaquistão, país de forte influência econômica da Ásia central e
aliado da Rússia, mas que até o momento havia adotado uma posição neutra no
conflito, expressou apoio à proposta chinesa. "Vitória
inevitável" No campo de batalha, a Ucrânia anunciou que está monitorando a
atividade da frota russa no Mar Negro. De acordo com a porta-voz do Comando Sul
do exército ucraniano, Natalia Gumenyuk, as forças russas mobilizaram nove
navios, incluindo um lançador de mísseis."Desde ontem, eles dobraram a
presença, o que pode indicar preparativos para uma expansão ainda maior. Um
alerta aéreo já foi acionado duas vezes hoje em todo o território da
Ucrânia", disse ela.O Parlamento ucraniano aprovou o aumento para dois
quilômetros de largura de uma faixa ao longo das fronteiras Ucrânia-Rússia e
Ucrânia-Belarus que serão "campos minados".Na sexta-feira, dia em que
a invasão completou um ano, o presidente ucraniano afirmou que considera a
vitória de seu país contra a Rússia algo "inevitável" este ano.O
número dois do Conselho de Segurança russo, o ex-presidente Dmitri Medvédev,
também prometeu a "vitória" e afirmou que a Rússia está disposta a
seguir "até as fronteiras da Polônia".Em uma visita a Kiev, o
primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, anunciou a entrega de quatro
tanques Leopard 2 e afirmou que outros blindados chegarão em alguns dias. O
primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, também mencionou a entrega de
quatro Leopard 2 adicionais, o que eleva o total a oito.A União Europeia também
aprovou o 10º pacote de sanções para atingir a economia russa e empresas
iranianas acusadas ajudar na invasão.As medidas afetam 121 pessoas e
instituições, incluindo fabricantes iranianos de drones.Zelensky reiterou neste
sábado o pedido por "aumentar a pressão" sobre Moscou.Além das novas
restrições às exportações russas para o território comunitário, no valor de 11
bilhões de euros (R$60,2 bilhões, na cotação atual), a UE pretende congelar os
ativos de três bancos russos e de várias instituições, incluindo empresas iranianas
acusadas de fornecer drones a Moscou, segundo fontes diplomáticas.O governo dos
Estados Unidos anunciou, em coordenação com os países do G7, uma nova série de
sanções dirigida especialmente contra cidadãos e empresas russas dos setores de
metalurgia, mineração, equipamentos militares e semicondutores.( Fonte R 7
Noticias Internacional)
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