Segundo
o líder do movimento, João Pedro Stedile, caso Lula vença as eleições, devem
ser retomadas as greves e invasões de terra.
O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), João Pedro Stedile, disse que as “mobilizações de massa”
devem voltar no caso da vitória do ex-presidente da República e candidato Luiz
Inácio Lula da Silva nestas eleições. O comentário foi feito em um podcast
divulgado na última sexta-feira (2). Segundo Stedile, uma possível vitória
de Lula nas eleições deve retomar a luta de classes com greves, ocupações de
terra e outras mobilizações. Para Stedile, houve um arrefecimento das
mobilizações populares por causa, segundo ele, da crise econômica e desemprego.
"O desemprego jogando 70 milhões de brasileiros na calçada causa uma
situação psicossocial de desânimo," disse. "Acho que a
vitória do Lula, como se avizinha, vai ter como uma consequência natural,
psicossocial, nas massas, um reânimo para retomarmos as grandes mobilizações de
massas. Porque movimento de massa não é só fazer passeata. É quando a classe
trabalhadora recupera a iniciativa na luta de classes. Então ela passa a atuar
na defesa dos seus direitos de mil e uma formas: fazendo greves, fazendo
ocupações de terras, ocupações de terrenos, mobilizações, como foi naquele
grande período de 1978 a 1989," afirmou o líder do MST. Os
acampamentos do MST são montados em propriedades de terra em situação
irregular. As famílias do movimento se instalam como forma pressionar o governo
a desapropriar áreas que não cumprem a função social prevista na Constituição
de 1988. As famílias passam então a desenvolver na área a agricultura familiar
em cooperativas, até que a terra seja desapropriada pelo governo e concedida às
pessoas que estão produzindo. Diminuição
das ocupações O presidente Jair Bolsonaro afirmou em fevereiro, durante
cerimônia para a entrega de 125 títulos de propriedade a quilombolas e famílias
que moram em agrovilas na cidade de Alcântara (MA), que, desde que assumiu a
Presidência, as notícias sobre ocupações
de terra no Brasil se reduziram significativamente. "Alguém
tem notícias de invasões do MST [Movimento Sem Terra], tão comuns em anos
anteriores? As raras que tiveram, menos de 10, deixaram de existir",
destacou o presidente ao conceder os títulos a pessoas que foram deslocadas de
suas residências na década de 80 para a construção da Base Espacial de
Alcântara."Todos que têm uma propriedade não querem que ela seja invadida.
Não adianta fazer um plano de reforma agrária e não dar um papel para que o
proprietário possa dizer 'eu vou trabalhar essa terra e o que eu fizer nela vai
ficar para os meus filhos e netos", analisou Bolsonaro, que disse ter
entregado mais títulos de propriedade do que nos 20 anos de governos
anteriores.Na avaliação de Bolsonaro, não havia interesse dos governos
anteriores em conceder os títulos de propriedade. “O homem somente com a posse
da terra vive ainda em uma situação de quase escravidão. Cada vez que te
entregam um título, isso deixa de existir. Não tem preço você ser proprietário
de alguma coisa”, afirmou.( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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