Autoridades
de saúde do país apontam a bactéria legionella como responsável por surto da
doença em clínica privada de Tucumán.
As autoridades de saúde da
Argentina identificaram a possível causa de um surto
de pneumonia que
atinge uma clínica médica privada em Tucumán, no norte do país. No último
sábado (3), a doença até então com causa desconhecida matou a quarta pessoa
entre 11 pacientes infectados, informou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti."O
agente etiológico causador do surto de pneumonia bilateral é legionella",
disse Vizzotti em entrevista coletiva. "Estamos tipificando o epíteto específico
da bactéria, mas é possível que seja [legionella] pneumophila",
acrescentou. A legionella provoca a doença do legionário, um tipo de pneumonia
rara e muito grave, que causa febre e infecção pulmonar aguda. "É uma
bactéria que se transmite por via inalatória através da água ou do ar
condicionado", explicou a ministra.A pessoa que morreu ontem era um homem
de 48 anos, que estava hospitalizado em estado grave. "Quatro dos
pacientes permanecem internados, três deles com assistência mecânica respiratória.
Outros três estão sob monitoramento domiciliar com quadro clínico menos
complexo", disse na coletiva Luis Medina Ruiz, ministro da Saúde de
Tucumán.A bactéria é encontrada em ambientes de água doce, como lagos e
riachos, e pode se propagar por meio das tubulações de água e nos dutos de
ar-condicionado. O surto aconteceu em uma clínica particular de Tucumán, que
fica a 1.300 quilômetros ao norte de Buenos Aires, e atingiu principalmente os
profissionais de saúde. Os doentes manifestaram os primeiros sintomas a partir
de 18 de agosto."Agora, os pacientes estão sendo transferidos e ações
estão sendo tomadas na clínica para identificar se [a bactéria] está na
água", detalhou a ministra.Além disso, as autoridades de saúde estão
avaliando quais medidas serão tomadas "para melhorar essa situação e para
que a clínica possa voltar a ser utilizada para a internação de pessoas sem
nenhum risco", acrescentou Vizzotti.Desde um primeiro momento, a Covid, a
gripe, a influenza e o hantavírus foram descartados como causas do surto. Vigilância internacional A Opas (Organização
Panamericana da Saúde) informou na última quinta-feira (1º) que está
acompanhando de perto a situação epidemiológica na província argentina, junto
com o Ministério da Saúde do país."A investigação preliminar indica que os
pacientes falecidos tinham algum tipo de comorbidade e os contatos dos casos
estão em acompanhamento permanente. Até a data de elaboração deste relatório,
não apresentaram sintomas", indicou a Opas.As amostras foram enviadas para
o Instituto Malbrán, para análise e visando determinar a causa do surto, a
partir da ampliação dos estudos de diagnóstico. Segundo a Opas, os testes
preliminares já haviam dado negativo para agentes virais, bacterianos e
micóticos mais comuns.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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