Durante telefonema, realizado nesta segunda-feira (18), líder europeu
fez apelo e pediu adesão às sanções contra a Rússia.
O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, informou nesta segunda-feira (18) que conversou com Jair Bolsonaro (PL) por telefone sobre exportações de grãos ucranianos, com o objetivo de evitar uma crise alimentar global, e sanções contra a Rússia."Tive uma conversa com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Eu o informei sobre a situação no front [da guerra]. Discutimos a importância de retomar as exportações de grãos ucranianos para evitar uma crise alimentar global, provocada pela Rússia. Faço um apelo a todos os parceiros para que se juntem às sanções contra o agressor", afirmou Zelenski nas redes sociais. Neste domingo (17), Bolsonaro disse que não ia sugerir nenhum tipo de solução para a guerra no país provocada pela Rússia. "Não vou propor, e quem sou eu para propor isso. Eu vou responder de acordo com o que ele perguntar. Pretendo falar para ele o que eu acho se ele perguntar para mim alguma coisa. Onde pudermos colaborar, vou dar minha opinião. Só vou dar se ele pedir", afirmou o presidente. Na semana passada, porém, Bolsonaro tinha dito que uma possível saída para a guerra seria a rendição dos ucranianos. Ele comparou a atual situação à Guerra das Malvinas, conflito entre a Grã-Bretanha e a Argentina, em 1982, que terminou após as tropas argentinas se renderem.Questionado sobre a intenção de dar esse conselho a Zelenski, o presidente desconversou. "É uma questão de Estado. Isso não pode vazar. É segredo de Estado. São dois países que têm sua importância. Um é bélico, nuclear. O outro não é um país nuclear, é uma potência dos commodities [aquilo que se produz em grande quantidade para ser exportado]", analisou. O telefonema de Bolsonaro para Zelenski foi o primeiro diálogo entre os líderes desde o início do conflito, iniciado no dia 24 de fevereiro. Até hoje, o chefe do Executivo brasileiro nunca condenou a invasão por parte da Rússia e manteve os laços comerciais com os russos. Nas últimas semanas, inclusive, anunciou que "está quase certo" um acordo com a Rússia para a compra de diesel.A reportagem procurou o Ministério das Relações Exteriores e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.(Fonte R 7 Noticias Brasilia)
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