Gotabaya Rajapaksa deixou a nação após grave crise política e
econômica com diversos protestos contra o governo.
O presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, desembarcou nesta quinta-feira (14) em Singapura, um dia depois de fugir de seu país, atolado em uma grave crise política e econômica, a maior em 70 anos, com enormes manifestações contra o governo.Rajapaksa, que ontem voou em um avião das Forças Armadas para o arquipélago das Maldivas, chegou à cidade-estado em um voo saudita às 19h17 (horário local, 8h17 de Brasília), e o Ministério das Relações Exteriores de Singapura indicou que se trata de uma visita particular, de acordo com o jornal "Strait Times"."Ele não pediu asilo e nem lhe foi concedido qualquer asilo. Singapura geralmente não concede pedidos de asilo", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da ilha. O jornal ainda indica que Rajapksa pode ter apresentado sua renúncia, que era esperada ontem, uma decisão que ele teria aguardado para tomar até estar fora do Sri Lanka, pois ao fazê-lo perde a imunidade que lhe garante o cargo e pode ser preso em seu país.Não está claro quanto tempo ele ficará em Singapura ou se seguirá posteriormente para um novo destino, com relatos apontando para a Arábia Saudita como um possível itinerário. A polícia de Singapura emitiu um comunicado ontem pedindo que "o povo de Singapura, residentes, estrangeiros e visitantes obedeçam às leis locais. Ações serão tomadas contra todos aqueles que participarem de assembleias públicas ilegais", acrescenta. Singapura, sob regime semiautoritário, só permite manifestações em determinado local da ilha, de forma controlada e com autorização prévia.Cerca de 5% dos 5,7 milhões de habitantes da cidade-estado asiática são de etnia tâmil, alguns com origem no Sri Lanka.Rajapaksa, um militar reformado, foi acusado de permitir a morte de milhares de civis tâmeis durante a guerra civil, que terminou em 2009 depois de devastar o país por três décadas.Após se retirar do Exército e morar no exterior por vários anos, o atual presidente retornou ao Sri Lanka em 2005 e assumiu o comando da Secretaria de Defesa durante os dez anos em que seu irmão mais velho, Mahinda Rajapaksa, liderou o país.Ambos os irmãos foram acusados de violações de direitos humanos, especialmente após a sangrenta ofensiva liderada por Gotabaya que encerrou a guerra civil. O Sri Lanka passa por uma crise econômica e política, que atingiu seu ponto máximo nos últimos dias com a invasão da residência oficial, a promessa de renúncia e a fuga do presidente do país, Gotabaya Rajapaksa.( Fonte R 7 Noticias Internacional)*Estagiária do R7, sob supervisão de Raphael Hakime
Nenhum comentário:
Postar um comentário