Lugansk, no leste do país, engloba as cidades de Severodonetsk e Lysychansk, alvos principais das tropas da Rússia.
Sergei Gaidai, governador de
Lugansk, região no leste da Ucrânia constantemente bombardeada pelas forças
russas, disse que "precisa estar preparado para o pior", em
entrevista à AFP neste domingo (19).A região engloba as cidades
de Severodonetsk e Lysychansk, que estão sob intenso ataque do
exército russo. "Eles bombardeiam nossas posições 24 horas por dia",
disse Gaidai. Em Lysychansk, tudo
está se preparando para a luta nas ruas: soldados cavam buracos e colocam arame
farpado, e a polícia coloca carros queimados nas ruas para diminuir o tráfego."Uma
expressão diz: você tem que se preparar para o pior e o melhor só virá",
completa. O funcionário, que já avisou várias vezes que as tropas russas
acabarão cercando Lysychansk e cortando as principais estradas de abastecimento
da cidade. "É uma guerra, tudo pode acontecer."De Lysychansk, a
artilharia ucraniana ataca as posições russas em Severodonetsk, e os russos respondem
com morteiros e foguetes."Sem lugar seguro""Veja como
Severodonetsk resistiu: você pode ver que os russos não controlam a cidade
totalmente... Eles não podem ir mais rápido e colocar seus grandes canhões e
tanques", explica o governador.Como outros oficiais ucranianos, ele espera
que os aliados ocidentais do país entreguem "o mais rápido possível"
mais armas de longo alcance. "É bom que o Ocidente nos ajude, mas é
tarde", lamentou.O governador ainda afirmou que "é extremamente
arriscado" ir à Severodonetsk e que não há lugar seguro em toda a
região de Lugansk. "Não os abandonamos"A vida é muito dura para os
"10%" dos habitantes de Lysychansk que permaneceram na cidade, sem
rede telefônica, água encanada ou eletricidade. Eles cozinham com lenha e vivem
em porões abrigados."Tentamos convencê-los a sair, mas alguns se recusam
categoricamente. Apenas uma pequena porcentagem espera que Moscou faça da
região um mundo russo", segundo Gaidai.Ele comunica o estado do
conflito diariamente através de redes sociais como Telegram ou
Facebook. "Precisamos conversar para contrariar a propaganda russa,
mas também para que o povo da região entenda que não os abandonamos."(
Fonte R 7 Noticias Internacional)
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