Terceiro homem preso durante as investigações confessou assassinatos; PF apura participação de oito pessoas nos crimes.
Mais um suspeito no caso das mortes do indigenista Bruno
Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips confessou ter participado dos
assassinatos. Jefferson da Silva Lima foi preso no sábado (18) e afirmou
ser um dos autores dos crimes. Ele é o terceiro suspeito preso durante as
investigações. Antes de Jefferson, os pescadores Amarildo da Costa Oliveira —
que também confessou ter matado Dom e Bruno e indicou
o local onde os corpos foram enterrados —, e o irmão dele, Oseney da Costa de
Oliveira já tinham sido presos. Segundo as equipes de investigação
que atuam no caso, está sendo apurada a participação de, pelo menos, oito
pessoas no crime. A Polícia Federal chegou a declarar na sexta-feira (17) que não há mandante nem organização
criminosa por trás das mortes, mas outras cinco pessoas passaram a ser
monitoradas pelos investigadores. Segundo as equipes de investigação que
atuam no caso, está sendo apurada a participação de, pelo menos, oito pessoas
no crime. A Polícia Federal chegou a declarar na sexta-feira (17) que não há mandante nem organização
criminosa por trás das mortes, mas outras cinco pessoas passaram a ser
monitoradas pelos investigadores. Em nota, a Polícia Federal reforçou a
informação. "O Comitê de Crise, coordenado pela Polícia Federal/AM, informa
que até o momento há três suspeitos presos pela morte do indigenista Bruno
Pereira e do jornalista Dom Phillips e outras cinco pessoas já foram
identificadas por terem participado da ocultação dos cadáveres".Segundo
a corporação, "as investigações continuam no sentido de esclarecer todas
as circunstâncias, os motivos e os envolvidos no caso". "Os trabalhos
dos peritos do Instituto Nacional de Criminalística continuam em andamento para
completa identificação dos remanescentes humanos e compreensão da dinâmica dos
eventos", disse a PF. O
casoDom e Bruno desapareceram em 5 de junho, após terem sido vistos pela última
vez na comunidade São Rafael, nas proximidades da entrada da Terra Indígena
Vale do Javari. Eles viajavam pela região e entrevistavam indígenas e
ribeirinhos para produção de reportagens para um livro sobre invasões de áreas
indígenas.O Vale do Javari, a terra indígena com o maior registro de povos
isolados do mundo, é pressionado há anos pela atuação intensa de
narcotraficantes, pescadores, garimpeiros e madeireiros ilegais que tentam
expulsar povos tradicionais da região. Dom morava em Salvador, na Bahia,
e fazia reportagens sobre o Brasil havia 15 anos para o New York Times e o
Washington Post, bem como para o jornal britânico The Guardian. Bruno era
servidor da Funai (Fundação Nacional do Índio), mas estava licenciado desde que
foi exonerado da chefia da Coordenação de Índios Isolados e de Recente Contato,
em 2019.Na quarta-feira (15), a Polícia Federal localizou os restos mortais dos
dois. A corporação encontrou os cadáveres depois de o pescador Amarildo da
Costa confessar os assassinatos e levar policiais até o local onde enterrou os
corpos. Exames realizados pela Polícia Federal no Instituto Nacional de
Criminalística, em Brasília, constataram que os materiais encontrados eram de
Dom e Bruno. A perícia chegou à conclusão após analisar a arcada dentária das
duas vítimas.A perícia da PF informou, ainda, que o jornalista e o indigenista
foram mortos com tiros de uma arma de caça. Segundo a corporação, Bruno foi
atingido por dois disparos no tórax e no abdômen e outro no rosto. Dom foi
vítima de um disparo na região entre o tórax e o abdômen.( Fonte R 7 Noticias
Brasil)
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