Ela executou o ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, a mulher dele e a empregada; caso ficou conhecido como 'Crime da 113 Sul'.
A 1ª Turma Criminal do Tribunal
de Justiça do Distrito Federal e
Territórios (TJDFT) decidiu manter, nesta quinta-feira (23), a condenação de
Adriana Villela como mandante do triplo homicídio conhecido como 'Caso da 113
Sul'. Todos os desembargadores concordaram com a decisão de
negar a anulação do júri. Por outro lado, reduziram a condenação de 67 anos de
prisão para 61 anos e três meses.A arquiteta e urbanista foi considerada
culpada pelas mortes do pai, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
José Guilherme Villela, da mulher dele e mãe de Adriana, Maria Villela, e da
empregada do casal, Francisca Nascimento. O crime aconteceu no apartamento onde
moravam, no Bloco C da Superquadra 113 Sul, em Brasília, em 31 de agosto de
2009. A condenação de Adriana Villela aconteceu 10 anos depois do triplo
homicídio, em outubro de 2019. O pedido para anular o júri que a condenou
alegava, entre outras coisas, falta de evidências que liguem Adriana ao crime.Advogados
dela reclamavam de "cerceamento da defesa". Eles afirmam que não
puderam ter acesso às mídias com depoimentos de Francisco Mairlon Barros Aguiar,
ex-porteiro do Bloco C da 113 Sul, condenado a 55 anos de prisão por participar
do crime, e dos executores do triplo homicídio, Leonardo Campos Alves, que
pegou 60 anos de prisão, e o sobrinho dele, Paulo Cardoso Santana, condenado a
62 anos de prisão. De acordo com a defesa, o trio teria negado a participação
de Adriana. Ela foi condenada por triplo homicídio qualificado por motivo
torpe, por uso de meio que impediu a defesa das vítimas e por crueldade.
A Polícia Civil do DF enfrentou diversas dificuldades durante as investigações.
Entre os problemas, a primeira etapa da apuração do caso, a cargo da 1ª
Delegacia de Polícia (Asa Sul), acabou anulada por irregularidades. A delegada
Martha Vargas, chefe da unidade, foi condenada por torturar um suspeito e acabou
presa e expulsa da corporação. Ela também contratou uma vidente para auxiliar
nos trabalhos. Depois da sessão que confirmou a condenação, a defesa da
condenada disse que "reafirma a mais absoluta certeza sobre a sua
inocência, mesmo com o julgamento adverso de hoje no Tribunal de Justiça do
Distrito Federal".De acordo com a nota dos advogados, "em regra, os
tribunais de justiça tendem a manter os vereditos do tribunal do júri, ainda
quando as decisões são contrárias às provas dos autos. A defesa confia que o
Superior Tribunal de Justiça [STJ] irá fazer a necessária análise técnica para
resgatar a Justiça", indicando que irá recorrer da decisão. Após o fim do
julgamento, Adriana Villela divulgou nota em que afirma estar sofrendo uma
condenação injusta."Lamento que a Justiça continue ignorando as provas de
minha inocência reunidas em sua própria investigação, mantendo a condenação
injusta à qual fui submetida no dia 2 de outubro de 2019, coincidentemente, Dia
Internacional da Condenação Injusta. Perdi meus pais e minha amiga Francisca de
modo cruel e me tornei a quarta vítima desse crime horroroso que há 12 anos
interrompe a minha vida e a de meus familiares e tantos bons e velhos amigos,
meus e de meus honrosos pais. Ainda não foi dessa vez. Sim, eu sou inocente! E
tenho fé de que a Justiça nos valerá!", diz o texto.( Fonte R 7 Noticias
Brasilia)
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