Autoridades norte-coreanas afirmam que exercícios tinham como objetivo o desenvolvimento do programa de satélites do país.
Os Estados Unidos acusaram nesta quinta-feira (10) a Coreia do
Norte de ter testado recentemente "um novo sistema de mísseis balísticos
intercontinentais", o que consideram uma "grave escalada" para a
qual preparam sanções, informaram o Pentágono e a Casa Branca. A Coreia do
Norte realizou vários lançamentos de mísseis desde o início do ano, mas
Washington analisou mais precisamente os efetuados em 26 de fevereiro e 4 de março. Os
Estados Unidos concluíram que esses disparos "implicam um novo sistema de
mísseis balísticos intercontinentais, que a Coreia do Norte desenvolve e que
foi revelado originalmente durante um desfile" em 10 de outubro, detalhou
em comunicado o porta-voz do Pentágono, John Kirby. De acordo com Kirby, esses testes buscavam
"avaliar o novo sistema", antes de um lançamento de "pleno
alcance potencialmente disfarçado de operação espacial", que poria fim à
moratória autoimposta pela Coreia do Norte a testes com mísseis de longo
alcance e nucleares em 2017. Um alto funcionário da Casa Branca classificou as
manobras de "grave escalada". Pyongyang, por sua vez, garantiu que os
lançamentos realizados no fim de fevereiro e no início de março eram testes
para o desenvolvimento de satélites. O líder norte-coreano, Kim Jong-un,
de fato visitou na sexta-feira (4) a base e ordenou que as instalações sejam
ampliadas e modernizadas, segundo a agência oficial KCNA, alimentando
especulações de um teste iminente e completo com mísseis de longo alcance. Sanções Em resposta, os Estados Unidos anunciarão na
sexta-feira (11) medidas para "impedir que a Coreia do Norte tenha acesso
a produtos e tecnologias estrangeiras para desenvolver seus programas de armas
proibidas" e "outras ações serão tomadas nos próximos dias",
afirmou o alto funcionário americano."Os Estados Unidos decidiram tornar
pública esta informação e compartilhá-la com nossos aliados e parceiros porque
priorizamos a redução de riscos estratégicos e porque acreditamos firmemente
que a comunidade internacional deve falar de forma uníssona para se opor ao
desenvolvimento futuro dessas armas por parte da Coreia do Norte.""Seguimos
buscando o diálogo diplomático e estamos dispostos a um encontro sem
condições" com os norte-coreanos, acrescentou a fonte. Washington e
aliados fracassaram nesta semana ao tentar a aprovação de um texto no Conselho
de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte, que foi rejeitado por Rússia e
China.Apesar de ser alvo de fortes sanções internacionais por seus testes nucleares
e de mísseis balísticos intercontinentais, Pyongyang recusou até agora todas as
ofertas de diálogo desde que as negociações em 2019 entre o líder Kim Jong-un e
o então presidente americano, Donald Trump, fracassaram.A Coreia do Norte
intensificou a modernização de seu Exército e advertiu, em janeiro, que poderia
suspender a moratória autoimposta sobre testes de mísseis de longo alcance e
armas nucleares. Segundo analistas, Pyongyang quer se aproveitar da invasão
russa da Ucrânia para realizar novos testes em um momento em que os Estados
Unidos estão com as atenções voltadas para o conflito.O anúncio de Washington
ocorre depois da vitória nas eleições presidenciais na Coreia do Sul de
Yoon Suk-yeol, que já manifestou a intenção de mostrar firmeza diante de seu
vizinho do norte.Além disso, o novo presidente da República da Coreia do Sul, a
quem Joe Biden telefonou nesta quinta-feira para parabenizá-lo, prometeu
"ensinar algumas boas maneiras" a Kim Jong-un.( Fonte R 7 Noticias
Internacional)
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