Brasil ocupa a 4ª posição mundial com 8% do consumo global desses produtos; potássio é o principal nutriente utilizado.
Diante do risco de interrupção no fornecimento de fertilizantes,
por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, o governo
federal lançou, nesta sexta-feira (11), o Plano Nacional de
Fertilizantes. O objetivo é aumentar a produção até 2050, promovendo o
desenvolvimento do agronegócio nacional e com foco nos principais elos da
cadeia.Atualmente, o país ocupa a 4ª posição mundial com 8% do consumo global
desses produtos, sendo o potássio o principal nutriente utilizado (38% na
fórmula). Na sequência, aparecem o fósforo, com 33%, e o nitrogênio, com 29%.
Entre as culturas que mais demandam o uso de fertilizantes estão a soja, o
milho e a cana-de-açúcar, somando 73% do consumo nacional. De acordo com a
Associação Nacional para Difusão de Adubos, 85% dos fertilizantes utilizados no
país são importados, o que evidencia o elevado nível de dependência externa em
um mercado dominado por poucos fornecedores.O plano lançado pelo governo
pretende readequar o equilíbrio entre a produção nacional e a importação ao
atender a demanda por produtos e tecnologias de fertilizantes. O objetivo é
diminuir a dependência de 85% para 45% até 2050, mesmo com a previsão de dobrar
a demanda pelos produtos.Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em
Brasília, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o país busca
autonomia em relação aos fertilizantes. “Não estamos buscando autossuficiência,
mas a capacidade de superar desafios e manter a nossa maior riqueza, o
agronegócio, que é pungente, competitivo e faz a segurança alimentar do nosso
país e do mundo”, disse. O plano apresenta oportunidades em relação a produtos
emergentes, como os fertilizantes organominerais e orgânicos. Recentemente,
a Rússia recomendou aos exportadores do país que suspendam, de forma
temporária, os embarques de fertilizantes até que os serviços de transporte
interno e externo sejam normalizados e as transportadoras forneçam garantias de
que os trajetos serão concluídos.A recomendação do Ministério da Indústria e
Comércio do país ocorre em meio à guerra com a Ucrânia. Há também a ausência de
transportadores marítimos na região, por receio de sequestro de navios ou de
que as embarcações sejam atingidas pelas tropas militares russas.A medida pode
afetar o Brasil de forma direta. O governo brasileiro reconhece as dificuldades
de importar fertilizantes da Rússia. No início deste mês, a ministra Tereza
Cristina descartou totalmente a possibilidade da importação dos produtos russos
durante o conflito e reconheceu o impacto da guerra nos preços dos alimentos. A
titular deve ir ao Canadá para tratar sobre fertilizantes, em breve.A Rússia é
um dos maiores produtores de fertilizantes. É o segundo maior exportador mundial
de nitrogenados e o terceiro maior exportador global de fosfatados e
potássicos, contribuindo com 16% dos adubos comercializados no mundo. Os russos
são os principais fornecedores de adubo ao Brasil, com cerca de 20% do volume
internalizado anualmente.( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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