Ministro disse também que a alta no preço do fertilizante, impactado pela guerra, deve impactar no preço dos alimentos.
O ministro
da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta sexta-feira (11),
que a alta da inflação é um fenômeno registrado em todo o mundo, não apenas
relacionado ao Brasil e estima queda na inflação em 2023."A inflação é
mundial, não tem nada a ver com o governo Bolsonaro. O mundo sofreu o choque. O
primeiro impacto é a subida de preço. A inflação vai subir de novo no ano
que vem? Não, vai descer, porque agimos primeiro", afirmou. A previsão
feita pelo Posto Ipiranga ocorre após o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística) divulgar que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo), que mede a inflação oficial do país, subiu 1,01% em fevereiro, após ter
registrado taxa de 0,54% em janeiro. Trata-se da maior
variação para o mês de fevereiro desde 2015 (1,22%) e da
maior taxa mensal desde outubro do ano passado (1,25%).Guedes destacou que,
caso o Banco Central não tivesse subido os juros, o Brasil poderia crescer
cerca de 5,5% ou 6%. O ministro avaliou, também, que o país agiu antes de
outras nações zerando o déficit primário. De acordo com o ministro, a
expectativa de redução da inflação se dá pelo fato de ser um fenômeno monetário
e fiscal. "O fiscal está zerado. A monetária está no lugar, então deve
cair. O que acontece é que, quando vem outro choque desse tipo, fertilizantes,
petróleo, é uma mudança dos preços relativos. O preço dos fertilizantes sobe,
preço do petróleo sobe, mas outros preços não sobem e até caem. E a inflação
desce. É o que a gente espera", argumentou. As declarações de
Guedes ocorreram durante coletiva de imprensa após cerimônia, realizada no
Palácio do Planalto, de lançamento
do Plano Nacional de Fertilizantes. Diante do risco de
interrupção no fornecimento de fertilizantes, o governo lançou o programa com o
objetivo de promover o agronegócio nacional e aumentar a produção dos produtos
até 2050.Atualmente, o país ocupa a quarta posição mundial com 8% do consumo
global desses produtos, sendo o potássio o principal nutriente utilizado (38%
na fórmula). Na sequência, aparecem o fósforo, com 33%, e o nitrogênio, com
29%. Entre as culturas que mais demandam o uso de fertilizantes estão a soja, o
milho e a cana-de-açúcar, somando 73% do consumo nacional. Guedes disse que a
alta no preço do fertilizante deve impactar no preço dos alimentos. "Uma crise
no fornecimento de fertilizantes, a médio prazo, deve ter algum impacto, porque
subindo o custo de um insumo básico, como fertilizantes, e já subiu, o plantio,
a próxima safra, tudo isso deve receber esse impacto", afirmou.Por outro
lado, o ministro não vê razão para impactos a curto prazo. "A safra já
está aí, já foi plantada e os alimentos estão aí. A preocupação maioria seria
se o prolongamento da guerra forçasse esforços fiscais adicionais, custos
adicionais, dólar subisse. Aí poderia até ter um impacto direto já."De
acordo com a Associação Nacional para Difusão de Adubos, 85% dos fertilizantes
utilizados no país são importados, o que evidencia o elevado nível de
dependência externa em um mercado dominado por poucos fornecedores.( Fonte R 7
Noticias Brasil)
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