Após PIB de 4,6% em 2021, Economia espera nova alta e diz que país deve atrair investidores privados apesar de conflito na Ucrânia.
Após o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) divulgar nesta sexta-feira (4) que o
PIB (Produto Interno Bruno) do Brasil cresceu 4,6% em 2021,
o Ministério da Economia projetou um novo resultado positivo para este ano e
disse que o Brasil precisa "mostrar que é um porto seguro para os
investimentos privados" em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia. Segundo a Secretaria de Política Econômica da
pasta, a estimativa de crescimento econômico em 2022 é superior ao projetado
atualmente pelo mercado, de 0,3%, mas é preciso monitorar a evolução do
cenário internacional em virtude do conflito no leste europeu. "Com o
cenário internacional adverso, cabe ao Brasil, além dos posicionamentos
diplomáticos e humanitários (em três oportunidades já se posicionou na ONU
condenando a invasão da Rússia à Ucrânia; ressalta-se ainda que o Brasil
emitirá vistos especiais aos refugiados), mostrar que é um porto seguro para os
investimentos privados", afirmou a equipe econômica. A secretaria
declarou que é necessário manter a agenda de reformas, fortalecendo o mercado
de capitais e de crédito. "Por isso é fundamental aprovar o projeto de lei
do Novo Marco de Garantias, a medida provisória de registros públicos, e o
projeto de lei de debêntures incentivadas", pontuou o Ministério da
Economia. O governo defendeu que o Congresso Nacional aprove a privatização dos
Correios. A Economia destacou que a privatização da Eletrobras precisa
acontecer ainda no primeiro semestre de 2022, para que o PIB deste ano tenha um
resultado expressivo. Recuperação em 'V' De acordo com a
Secretaria de Política Econômica, o resultado de 4,6% no ano passado "mais
que compensa a queda de 3,9% em 2020, causada pelas consequências da pandemia
da Covid-19". "Com tal resultado, observa-se que a economia
brasileira recuperou o nível da atividade anterior à pandemia, mostrando uma
recuperação econômica em 'V'", frisou a secretaria. A equipe econômica
destacou que a variação do PIB brasileiro acumulado no período de 2020-2021 foi
maior que o de todos os países do G7, exceto os Estados Unidos. Em relação ao
G20, a variação dos últimos dois anos do PIB brasileiro ficou acima da maior
parte dos países e foi superior à mediana deste grupo, disse o governo. Na
avaliação do Executivo, para 2022 há fatores positivos, como a continuidade da
retomada do mercado de trabalho. A secretaria lembrou que no quarto trimestre
de 2021 foram criados 3,6 milhões de vagas de trabalho. "As taxas de participação e o nível de ocupação
estão retornando às médias históricas, e há rápido declínio da taxa de desemprego,
alcançando 11,1% ao final de 2021, o menor patamar desde dez/19."Choques de oferta Em 2021, o PIB
totalizou R$ 8,7 trilhões. A alta foi puxada principalmente pelos desempenhos
dos setores da indústria e de serviços, que cresceram 4,5% e 4,7%, respectivamente.
Por outro lado, o IBGE constatou queda na atividade da agropecuária, de 0,2%.
Essas três áreas representam 90% do PIB do país.A baixa na agropecuária
aconteceu por conta dos períodos de estiagem, provocados pela crise hídrica, e
das geadas ao longo de 2021, de acordo com o IBGE.O Ministério da Economia
também reconheceu os problemas, mas disse que "a normalização dos choques
negativos de oferta, que poderá ocorrer com o arrefecimento da pandemia, o
reestabelecimento das cadeias produtivas globais, a redução do risco
hidrológico, com impactos positivos sobre o mercado de energia, o avanço do
mercado de trabalho, e a ampliação dos investimentos privados fundamentam uma
estimativa de crescimento econômico em 2022 superior ao projetado atualmente pelo
mercado".( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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