Órgão faz parte de Câmara Técnica que assessora
Ministério da Saúde em questões relacionadas à Covid-19.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) não aderiu à nota produzida
pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19, em que os
especialistas membros do grupo se manifestaram a favor da vacinação de crianças
entre 5 e 11 anos contra o coronavírus. O documento foi publicado nessa
quinta-feira (23) com a lista dos órgãos que aprovaram o texto. O CFM não
consta entre eles. Procurado, o conselho ainda não se manifestou a
respeito. O posionamento da Câmara Técnica foi definido após uma reunião
do grupo em 17 de dezembro, diante da autorização da Anvisa (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária) para que doses da vacina da Pfizer/BioNTech fossem
ministradas no público infantil. A decisão de se manifestarem favoráveis à
inclusão das crianças na campanha foi unânime. Por isso, os membros cobram que
o Ministério da Saúde acate o parecer e "e defina as estratégias para a operacionalização
mais adequada da vacinação desse grupo etário, a fim de alcançar a maior
cobertura, no menor tempo possível", diz a nota. O ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nessa quinta que iria liberar a
imunização das crianças, mas que a medida não seria obrigatória.
Para ele, deve caber aos pais essa decisão. Além disso, a vacinação deverá ocorrer
diante da indicação médica. De acordo com Queiroga, o Ministério da Saúde deve
montar uma lista de prioridades para a vacinação das crianças, com aquelas com
comorbidade ou imunossuprimidas sendo atendidas primeiro. Depois de
recorrer em uma ação no Supremo Tribunal de Federal (STF), o Ministério lançou
uma consulta pública que vai até 2 de janeiro para colher contribuições sobre a
ampliação da campanha para o público infantil. O ministro do STF Ricardo
Lewandowski fixou o prazo até 5 de janeiro para que a pasta apresente a
estratégia de vacinação dessa faixa etária. "Destacamos ainda, que a
chegada de uma nova variante como a Ômicron, com maior transmissibilidade, faz
das crianças (ainda não vacinadas) um grupo com maior risco de infecção,
conforme vem sendo observado em outros países onde houve transmissão comunitária
desta variante. Neste contexto epidemiológico, torna-se oportuno e urgente
ampliarmos o benefício da vacinação a este grupo etário", prossegue a nota
da Câmara Técnica. O Brasil tem 35 casos confirmados de infecção pela nova cepa.
Justificativas Os integrantes da
Câmara Técnica listaram uma série de justificativas para respaldar a posição.
Entre elas, estão os dados a respeito da infecção pela Covid-19 e o impacto
disso sobre as diferentes faixas etárias. O texto aponta que, até 6 de dezembro
deste ano, 3.185 crianças de
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