Presidente diz que quer sancionar medida 'o mais rápido
possível'; proposta preserva mais de 10 milhões empregos.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quinta-feira
(23), que vai sancionar o projeto de lei que prorroga até 2023 a desoneração da
folha de pagamento. O prazo para a sanção da medida vai até 31
de dezembro."Nós vamos sancionar o projeto que fala da desoneração da
folha. Atinge, se não me engano, 17 categorias. Antes que comece a circular
notícias desencontradas. Também será sancionada a isenção de IPI para taxistas.
Estamos em contato com o relator [do Orçamento] Hugo Leal, favorável à
proposta, em contato com o presidente da Câmara, Arthur Lira, favorável à
proposta também, para a gente, o mais rápido possível, sancionar o projeto da
desoneração da folha e da isenção de IPI para taxistas", disse o
presidente, durante live nas redes sociais. A desoneração da folha é
considerada uma medida importante para preservar empregos e beneficia
setores como indústria (couro, calçados, confecções, têxtil, aves, suínos e
derivados etc.), serviços (TI & TIC, call centers, hotéis, design houses etc.),
transportes (rodoviário de carga, aéreo, metroferroviário etc.) e construção.
O Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) estima que, ao
todo, os setores atingidos empregam 10 milhões de trabalhadores. O mesmo dado
foi apresentado pelo líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), que
citou 6 milhões de empregos diretos e 4 milhões indiretos.A desoneração
consiste em um mecanismo que permite às empresas pagarem alíquotas de 1% a 4,5%
sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre as folhas de pagamento. A
contribuição não deixa de ser feita, apenas passa a se adequar ao nível real da
atividade produtiva do empreendimento. Em outras palavras, as empresas que
faturam mais contribuem mais. Com isso, é possível contratar mais colaboradores
sem gerar aumento da carga tributária. A medida foi criada em 2011 e teria
validade apenas até o fim deste ano. No entanto, o Congresso Nacional aprovou
um projeto de lei para manter a desoneração por mais tempo. O texto inicial
defendia a manutenção desse instrumento até 2026, mas o prazo foi reduzido para
2023 para evitar veto do governo federal. Como forma de compensação pela
prorrogação da desoneração, o projeto aumentou em 1% a alíquota da
Cofins-Importação.Em
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