ONU: Tecnologias emergentes podem
ser chave para crescimento na África.
Crescente aposta na inclusão digital
deve acelerar o processo de ratificação da Zona de Livre Comércio do continente.
A
ECA (Comissão Econômica das Nações Unidas para África) destaca que tecnologias
emergentes permanecem chave na promoção do crescimento
econômico, transformação e expansão do comércio digital na
África. A conclusão do Comitê do Setor Privado, Industria e Tecnologia consta
de um relatório sobre o desenvolvimento da economia digital. O documento
assinala uma crescente transformação da tecnologia digital em África ao longo
dos anos. O continente abriga 11,5% do total de usuários mundiais da internet e
o aproveitamento de tecnologias emergentes podem auxiliar a implementação da
Zona Continental de Livre Comércio da África. A ECA prevê um aumento de
exportação interafricana de produtos industriais de 15 a 25% até 2040 devido à
Zona Continental Africana de Livre Comércio, Afctfa. Até janeiro deste
ano, 37 países haviam ratificado o pacto assinado por todos exceto a Eritreia. Houve
também um aumento de participação africana em tecnologias como parte da
transformação do continente e realização dos Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável. O chefe da Seção de Integração
Regional da ECA. Francis Ikome, alertou sobre o apoio na elaboração de
estratégia nacional sobre a Zona Afctfa para facilitar o processo de
ratificação e das duas fases de negociações. Segundo ele, a elaboração de
quadros regulamentares da Parceria Público-Privada para financiar o
desenvolvimento da infraestrutura é fundamental. Ikome ressalta ainda o recurso
a fontes de financiamento alternativas, incluindo fundos de patrimônio privado.
Projetos A Comissão da ONU afirma que a infraestrutura é um dos
principais motivadores do desenvolvimento econômico em África e financiar seus
projetos permanece o desafio maior dos estados membros, principalmente na área
de eletricidade e energia.
Para os especialistas, a inclusão do comércio eletrônico no fortalecimento da
mulher, a implementação da Zona de Livre Comércio e os investimentos na
ciência, tecnologia e inovação são cruciais para a integração regional e o
desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação enquanto vetores da
economia digital. O continente registrou progressos na implementação da agenda
de integração regional, não obstante os desafios de ordem financeira,
capacidade humana e segurança, lê-se no relatório que aponta resultados mistos
com ritmo lento na implementação do protocolo de livre circulação
de pessoas. Países sem litoral Como recomendação, o documento enfatiza o apoio das sociedades
africanas de responsabilidade limitada na implementação do Plano de Ação de
Viena dos Países em desenvolvimento sem litoral, e os esforços de integração
regional através de avaliação e negociações sobre o processo da Afctfa. Recomendações
incluem o reforço do monitoramento da agenda de integração regional, o
aprofundamento do trabalho analítico sobre o impacto e benefícios da Zona Continental
de Livre Comércio e o apoio as pesquisas focadas nos
impulsionadores basilares da ciência e inovação. O relatório encoraja ainda as
Comunidades Econômicas e estados membros a integrarem o Plano de Ação nos
programas com a ECA para impulsionar o comércio interafricano. Outra demanda é
sobre o empenho na implementação das respectivas políticas de industrialização.(
Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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