Sudão vai trocar subsídios por
programa de transferência de renda à população.
Programa distribuirá 500 libras
sudanesas, o equivalente a US$ 9 por mês; meta é chegar a 80% da população.
O
Sudão vai trocar os subsídios ao pão, aos combustíveis a à eletricidade por um
programa de transferência de renda. Em caráter experimental, a política deve
ter início já na próxima semana, informou a Reuters.
O programa distribuirá 500 libras sudanesas, o equivalente a US$ 9 por mês. O
ministro das Finanças, Ibrahim Elbadawi, anunciou que o pagamento começará primeiro
em um distrito da capital Cartum.
Na sequência, serão incorporados mais quatro regiões do
país para testar “mecanismos, planos e intervenções” no programa, segundo a
Reuters. A meta é atender 80% da população. Nessa primeira etapa, os recursos
são financiados pelo governo e
por organizações internacionais. O programa custará, segundo o FMI (Fundo
Monetário Internacional), US$ 498,7 milhões neste ano. Crise sudanesa O ministro Elbadawi, ex-Banco Mundial,
defende a transferência de renda desde que assumiu o cargo, em setembro de
2019. Seria uma forma mais eficiente de garantir sobrevivência da população em
um país onde um quarto do orçamento é usado para custear subsídios. O
primeiro-ministro Abdalla Hamdok prometeu, há duas semanas, que cortaria
subsídios apenas da gasolina e do diesel. O Sudão fechou 2019 com inflação
anual de 51%. Para este ano, as estimativas mais recentes indicam mais de 80%
de alta nos preços. Os dados são do Banco Mundial.
O país tem dívida externa de US$ 62 bilhões, ante um PIB em 2018 de US$ 40,8
bilhões. O Sudão tenta seu primeiro programa de auxílio com o FMI desde 2014
por meio do atual governo, que faz a transição depois da queda do ditador Omar
al-Bashir em 2019, após 30 anos no poder. No final de junho, o Fundo termina
sua fase de consultas com o país. A princípio, o programa não envolveria
financiamento. Seria, segundo o porta-voz do FMI Gerry Rice em coletiva no
último dia 4, uma forma de “mostrar bom histórico” para pleitear auxílio em
outras fontes. Para lidar com a pandemia do coronavírus,
por exemplo, o país recebeu doações
das Nações Unidas, da União Europeia, dos EUA, do Banco Mundial e do Banco de
Desenvolvimento Islâmico.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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