Na Polônia, mulheres em protesto
viram alvo de extremistas.
Agressores já ameaçaram ataques a
bomba a sete grupos de mulheres; ativistas realizam protestos desde outubro.
Ao menos sete grupos de mulheres ativistas da Polônia já
foram alvo de ameaças de bomba e de morte, alertou a organização Human Rights Watch, nesta quarta (31). Os
grupos participam dos protestos pelos direitos das mulheres desde outubro,
quando o Tribunal Constitucional polonês decidiu que o aborto é ilegal mesmo em caso de defeitos
do feto. A medida retrocedeu a legislação em vigor até
então, que autorizava a interrupção da gravidez em casos de estupro, incesto ou
para proteger a vida da mãe. A HRW pediu que as autoridades investigassem e
protegessem as mulheres visadas e responsabilizasse os autores das ameaças. Conforme
a pesquisadora sênior da HRW, Hillary Margolis, o cenário dos direitos das
mulheres na Polônia é cada vez “mais hostil e violento”. A maioria das ameaças
aos grupos ocorreu em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher.“As defensoras
dos direitos das mulheres devem ser capazes de se expressar publicamente,
inclusive quando se opõem às políticas do governo, sem ter alvos em suas
costas”, disse MargolisAmeaças Por
email, agressores afirmaram que tramavam uma “vingança” pelos grupos apoiarem o
movimento das mulheres nas ruas. Os textos prometiam ataques a bomba em
atividades realizadas pelas ativistas. As mulheres relatam, porém, que a
polícia desencorajou os grupos a tomarem qualquer atitude após as ameaças.
“Oficiais disseram que aquilo não era realmente sério”, relataram as vítimas. A
única vez em que a polícia verificou as ameaças foi antes de uma apresentação
artística em local próximo à residência do vice-primeiro-ministro, Jaroslaw
Kaczynski. Agressores anunciaram que explodiriam uma bomba no local,
mas nenhum artefato foi encontrado. Liderada pelo presidente de ultradireita,
Andrzej Duda, a Polônia abandonou em
agosto a Convenção de Istambul, tratado europeu lança medidas
para prevenir e combater a violência contra as mulheres. Varsóvia também apoia
cidades que se dizem “zonas livres de
LGBTs” enquanto analistas apontam para um grave recuo
democrático no país. De acordo com um levantamento da BBC, a Polônia registra
cerca de mil abortos legais por ano. Grupos de ativistas, no entanto, apontam
que o número de procedimentos realizados de forma ilegal gira entre 80 mil e
120 mil anualmente.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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