Negação a resultados eleitorais
nos EUA põe democracias europeias em risco.
Negação a resultados eleitorais, como
Trump nos EUA, é terreno fértil para golpes, alertou vice-diretora de conselho
da EU.
A recusa de Donald Trump de
aceitar os resultados eleitorais dos EUA, após pleito realizado em novembro,
abre precedentes perigosos às fragmentadas democracias europeias. O alerta é
da vice-diretora do Conselho Europeu de Relações Exteriores, Joanna Hosa. Conforme
Hosa, Trump soma admiradores em países do Leste Europeu, incluindo membros da União Europeia. Um deles é
o primeiro-ministro da Eslovênia, Janez Jansa, um dos primeiros a fazer coro às
acusações de fraude do republicano. Um apoio menos formal veio da Polônia e
Hungria – países que semeiam o impasse na UE ao discordar das
penalidades às nações alheias ao Estado de direito. Mesmo com o
anúncio da vitória de Joe Biden,
o presidente polonês Andrzej Duda afirmou que “tudo ainda poderia acontecer”.
Já seu aliado na extrema-direita, Viktor Orbán,
parabenizou o democrata pela campanha – mas não pela vitória.
Recusa é terreno fértil para golpes Apesar de
insatisfeitos, é comum que os adversários parabenizem o vitorioso em eleições
democráticas. O apoio às acusações de Trump e sua negação sobre a derrota nos EUA,
no entanto, “minam a pedra angular da democracia”, disse Hosa. “Eles estão
preparando seus apoiadores para rejeitar o resultado de qualquer eleição que
possam perder”, escreveu. Hosa cita a Moldávia,
que elegeu a economista Maia Sandu em
detrimento de Igor Dodon, apoiado pelo Kremlin. O embarque do partido
governante da Polônia, PiS (Lei e Justiça, em polonês), neste discurso é a
prova de que a sigla teme a derrota nas próximas eleições, marcadas para
2023. “Neste mundo de pernas para o ar, em que autoritários acusam
democratas de roubar eleições, a UE tem um papel crucial a desempenhar”,
defendeu Hosa. “O bloco deve enfatizar que nunca comprometerá a integridade das
eleições nos Estados membros. Caso contrário, o vírus da não concessão pode se
espalhar, pondo em risco as democracias em toda a Europa”.( Fonte A Referencia
Noticias Internacional)
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