Bolsonaro comemora vacinas;
Queiroga vai a campo imunizar 53.493.436 de doses para os estados.
Ministério da Saúde distribuiu aos Estados
53.493.436 de doses, das quais 31.788.213 foram aplicadas, entre primeira e
segunda dose.
Enquanto o presidente da
República, Jair Bolsonaro, comemora a marca de 50 milhões de doses distribuídas
pelo governo aos Estados e a atuação das Forças Armadas na campanha da
imunização contra a covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi a campo
vacinar cidadãos. Cardiologista de formação, o ministro declarou após aplicar
uma injeção: "Eu pensava que salvava a vida do povo fazendo cateterismo,
mas estava enganado. A gente salva a vida das pessoas vacinando a nossa
população." O presidente citou neste domingo (18) o auxílio da Marinha no
processo de imunização em Rio Grande (RS). No sábado, Bolsonaro destacou a
marca de doses distribuída. "Ultrapassamos a marca de 50 milhões de
vacinas contra a covid-19 disponibilizadas. No total, nosso governo já
distribuiu 53,4 milhões de doses aos Estados, das quais cerca de 32 milhões
foram aplicadas", escreveu. Segundo dados do LocalizaSUS atualizados neste
domingo, o Ministério da Saúde distribuiu aos Estados 53.493.436 de doses, das
quais 31.788.213 foram aplicadas, entre primeira e segunda dose. Na postagem,
Bolsonaro ressaltou que o Brasil é o quinto país que mais vacina no mundo e
poderia ser o quarto com a aplicação de todas as doses já distribuídas. O
número, contudo, considera o valor absoluto de doses. Proporcionalmente, o País
ainda avança em ritmo lento na vacinação dos mais de 210 milhões de
brasileiros. Na última sexta-feira, 16, o presidente afirmou que "tem
muita gente apavorada aguardando a vacina" e justificou que, por isso,
tomaria o imunizante "por último".Novo tom Com o
recrudescimento da pandemia em março, o presidente e o governo adotaram novo
tom em relação à campanha de vacinação, que passou a ser a aposta para a
retomada econômica. Foi com o objetivo
de acelerar a vacinação que o presidente sugeriu e apoiou a ideia das Forças
Armadas se envolverem no processo. No dia 22 de março, Bolsonaro mencionou a
apoiadores que iria "levar à Defesa a possibilidade de batalhões ajudarem
na vacinação". Na época, a Pasta ainda era comandada pelo general Fernando
Azevedo e Silva. Em abril, o presidente deu outras declarações reforçando a
necessidade de enviar imunizantes para unidades militares. Sobre a atuação da
Marinha, o presidente citou neste domingo que a instituição também está
auxiliando na vacinação no Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso, incluindo
aldeias indígenas. "A iniciativa conta com a participação de militares da
área de saúde e Fuzileiros Navais, que realizam o apoio logístico. Estão sendo
empregados ainda caminhões e outras viaturas administrativas", mencionou
Bolsonaro. Ministro vacinador Vestido de jaleco branco, crachá
com foto, máscara e luvas, Queiroga foi filmado vacinando. Em uma das
gravações, publicada nas redes sociais pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro
(PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, não é possível identificar em que
lugar do país se passa a vacinação. Junto com o vídeo, o deputado escreveu:
"médico cardiologista, ministro da Saúde vacinando a população." Na
madrugada de sábado para o domingo, o próprio ministro publicou outra filmagem
de sua atuação em sua conta no Twitter. Junto com as imagens, Queiroga escreveu
que a vacinação é a esperança para "vencermos a pandemia" e explicou
que o atendimento ocorreu durante a inauguração de uma Unidade Básica de Saúde
em São Mamede, na Paraíba. Assim como o presidente, ressaltou que quase 32,5
milhões de doses da vacina contra a covid-19 foram aplicadas no País e que seu
Ministério distribuiu mais de 53 milhões de doses. Crise
das vacinas Também pelo Twitter, o
ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo comentou a distribuição de
vacinas no País. "Desde que deixei o cargo, não chegaram novas
vacinas", escreveu. O ex-ministro também diminuiu a importância do anúncio feito no
sábado (17) de um novo lote de imunizantes por meio do consórcio Covax,
previsto para chegar ao Brasil no mês que vem. Na avaliação de Araújo, o volume
"fica aquém da promessa que já havíamos obtido durante nossas
gestões". O ex-chanceler negou uma
"crise de vacinas". "A política externa que conduzi jamais
acarretou problemas à vacinação." O que houve de acordo com ele, foi a
"armação de uma falsa narrativa, como parte da tentativa de extinguir a chama
transformadora e popular do governo e retirar o MRE desse projeto".(
Fonte : Portal Forte News)
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