ONU: Nações Unidas alertam para
mortes e prisões arbitrárias em Mianmar.
Pelo menos 149 pessoas morreram desde o golpe de 1º de fevereiro após
violência e repressão policial em Mianmar.A crise política em Mianmar, que sofre uma
intervenção militar deste 1 de fevereiro, se agravou com mais mortos em
protestos de rua. Pelo menos 149 pessoas foram vítimas da força letal a manifestantes pacíficos. O
país do sudeste da Ásia mantém presos a líder da oposição e Prêmio
Nobel de Paz, Aung San Suu Kyi, e vários ministros de
Estado. A porta-voz do Alto Comissariado de Direitos Humanos da
ONU, Ravina Shamdasani, confirmou a informação.Segundo ela, o Escritório
recebeu ainda relatos.“angustiantes” de casos de tortura sob custódia. Centenas de pessoas
detidas ilegalmente continuam desaparecidas, o que equivale a
desaparecimentos forçados. De Genebra, a porta-voz contou
que “confirmar informações está se tornando cada vez mais difícil,
especialmente com a imposição da lei marcial em vários municípios em
Yangon, Mandalay e arredores”. .Classe trabalhadora Além
disso, muitos dos bairros da classe trabalhadora, onde houve
mortes, estão isolados e sem comunicação. Apesar
dessas dificuldades, o Escritório de Direitos
Humanos conseguiu confirmar as 149 mortes desde 1
de fevereiro, como resultado do uso ilegal da força letal a manifestantes
pacíficos. Pelo menos
11 pessoas morreram nesta segunda-feira e 57
no fim de semana. O número de vítimas fatais, porém, pode
ser mais alto já que ainda não há confirmação de muitos relatos. As
autoridades militares impuseram estado de sítio em vários distritos
de Yangon e Mandalai. Os toques de recolher são mais
rígidos com infratores julgados em tribunais militares sem
direito à apelação. As forças de Mianmar detiveram pelo
menos 2.084 pessoas, incluindo 37 jornalistas,
dos quais 19 permanecem presos. Pelo menos cinco mortes sob custódia
ocorreram nas últimas semanas, com os corpos de duas vítimas
mostrando sinais de abuso físico grave, indicando tortura. Crise
A porta-voz disse que o
Escritório está “profundamente perturbado” com a
situação e pediu, mais uma vez, que os militares parem de
matar e deter os manifestantes. Já o Programa Mundial
de Alimentos alertou, esta terça-feira, para o
aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis no país. Em
comunicado, o diretor do PMA em Mianmar, Stephen Anderson, disse que “esses
sinais iniciais são preocupantes, especialmente para as pessoas mais
vulneráveis ”. O PMA também notou um aumento de 15% no custo do
combustível. No norte de Rakhine,
o preço da gasolina aumentou 33% e o do diesel 29%. Os
aumentos agravam a quase paralisia do setor bancário, desaceleração
nas remessas e limites de disponibilidade de dinheiro. Nesse momento, o
PMA está construindo um estoque de
alimentos de contingência para garantir que as
distribuições mensais de alimentos e dinheiro continuem chegando
a mais de 360 mil pessoas. Stephen
Anderson reiterou ainda o apelo do secretário-geral para
que haja respeito à vontade do povo expressa nas eleições. “O PMA sabe
muito bem como a fome pode surgir rapidamente quando há negligência sobre a paz
e o diálogo”, disse.(Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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