Relatório diz que diretora do Fundo pressionou
funcionários para melhorarem avaliação chinesa, garantido investimentos no país.
A diretoria executiva do FMI (Fundo Monetário Internacional)
está revisando um relatório preparado pelo Banco Mundial o qual apontou que a
diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, em seu cargo anterior no Banco
Mundial pressionou funcionários da instituição a alterar dados para favorecer a
China, disse o Fundo nesta sexta-feira (17).Georgieva afirmou discordar
"substancialmente com as conclusões e interpretações" do relatório
independente, preparado pelo escritório de advocacia WilmerHale a pedido do
comitê de ética do Banco Mundial e
divulgado na quinta-feira (16). O documento revelou que Georgieva e outros
funcionários do Banco Mundial aplicaram "pressão indevida" sobre a
equipe para aumentar a classificação da China no relatório "Doing Business
2018", que avalia o ambiente de negócios nos países.A revisão do FMI foi
lançada depois que Georgieva informou o conselho sobre o assunto na
quinta-feira. "O conselho do FMI está atualmente revisando esse
assunto", disse Gerry Rice, porta-voz do FMI, à Reuters, acrescentando:
"Como parte do procedimento regular em tais assuntos, o comitê de ética
vai informar o conselho", disse Rice, sem dar cronograma. Georgieva
abordou o assunto no início de uma reunião previamente agendada com a equipe do
FMI nesta sexta-feira, de acordo com três pessoas que participaram do evento
virtual e uma quarta que foi informada sobre seus comentários. "Não é verdade" Georgieva
disse que valoriza muito dados e análises e não pressiona a equipe a alterar
informações como o relatório apontou, de acordo com uma transcrição fornecida à
Reuters. "Deixe-me colocar de uma forma muito simples para vocês. Não é
verdade. Nem neste caso nem antes ou depois pressionei a equipe para manipular
dados", disse Georgieva ao estafe do FMI, de acordo com a transcrição. O
credor multilateral com sede em Washington estava buscando o apoio da China
para um grande aumento de capital na época, quando Georgieva era a
executiva-chefe do Banco Mundial. Georgieva chefia o FMI e seus cerca de 2.500
funcionários desde 2019. Ela ajudou a liderar a resposta global à pandemia de
covid-19, garantindo apoio para uma expansão de 650 bilhões de dólares das
reservas de emergência do Fundo. Alguns dos 190 países-membros do FMI, que
financiam seus empréstimos e outros projetos voltados para o alívio da pobreza
e o fortalecimento da estabilidade financeira global, disseram que também estão
revisando o relatório de ética.( Fonte R 7 Noticias Internacional)