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quinta-feira, 22 de maio de 2025

Pesquisadores revelam como foi um dia de expedição em ilha brasileira com três mil cobras.

Ilha da Queimada Grande abriga tipo de cobra que não existe em nenhum outro lugar do mundo.

Pesquisadores do Instituto Butantan passaram um dia na Ilha da Queimada Grande, próxima a Itanhaém, no litoral de São Paulo. O local é conhecido popularmente como “Ilha das Cobras” por abrigar cerca de 3 mil cobras e ser a segunda ilha do mundo com a maior concentração de serpentes por metro quadrado – a primeira fica no Japão. A ilha ainda é morada da jararaca-ilhoa (Bothrops insularis), uma serpente única que não é encontrada em nenhuma outra parte do mundo, segundo o próprio instituto. A cobra é conhecida pela coloração amarelada e por passar boa parte do tempo enrolada nas copas das árvores. Em março, foi percebido que as serpentes estavam debilitadas e não pareciam estar se alimentando. Por isso, o objetivo da expedição era diagnosticar a população de Bothrops insularis durante o início do outono, já que neste período é encerrada a migração de uma das presas dela: a ave guaracava-de-crista-branca (Elaenia chilensis).  Os pesquisadores estavam preocupados porque não ouviram o canto do pássaro em migração, já que este costuma sair do Chile em direção ao norte entre fevereiro e março. Essas cobras só se alimentam duas vezes ao ano: em março, com a migração da guaracava-de-crista-branca; e entre junho e outubro, com a chegada do sabiá-una (Turdus flavipes). Também queriam coletar dados e amostras para pesquisas sobre a reprodução desse réptil. O trajeto da cidade até a ilha dura cerca de duas horas de barco, a depender das condições de clima e maré. São 35 quilômetros de Itanhaém até a Queimada Grande. Ao chegar no local, a equipe precisou passar por uma trilha, mata adentro. Com 14 minutos de caminhada, encontraram a primeira B. insularis enrolada em um arbusto.  A cobra de 70 centímetros foi capturada e colocada em um tubo de contenção para ser avaliada, quando foi considerada hidratada e saudável. Ainda descobriram que este animal já havia sido capturado por pesquisadores antes. Como se tratava de um macho, foi coletado um fragmento de escama e amostra da região cloacal para verificar a presença de sêmen – com objetivo de analisar a biologia reprodutiva dos machos e a qualidade dos espermatozoides, conforme divulgou o Instituto. Quando a cobra capturada é uma fêmea, os pesquisadores realizam um ultrassom para verificar o desenvolvimento dos folículos vitelogênicos, importantes para a fertilidade e reprodução do animal. Nesta, também foi coletado um carrapato nas escamas dela, a fim de medir a condição geral de saúde do animal – já que este é um indicativo de possível doença. Somente na quarta semente capturada, os pesquisadores perceberam que ela estava alimentada, com duas aves recém-predadas no estômago, e ficaram aliviados. Logo nos metros finais da trilha de volta, uma última coleta: a carcaça de um exemplar de Elaenia chilensis. A expedição ocorreu em abril, encabeçada pelos laboratórios de Ecologia e Evolução (LEEv) e Coleções Zoológicas (LCZ). A área está sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).(Fonte Jornal Opção Noticias GO)

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