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quinta-feira, 22 de maio de 2025

Cerveja, ciência e conversa boa: bares viram palco do Pint of Science em Goiânia.

 Primeiro festival aconteceu em apenas três cidades do Reino Unido e, desde então, foi incluído por 27 países.

Criado em 2013 por neurocientistas do Imperial College London, o Pint of Science surgiu após uma iniciativa em que pessoas afetadas por doenças como Parkinson e Alzheimer foram convidadas a visitar laboratórios e conhecer de perto o trabalho dos cientistas. A experiência foi tão positiva que os idealizadores decidiram inverter a lógica: levar os pesquisadores até onde as pessoas estão. O primeiro festival aconteceu em apenas três cidades do Reino Unido e, desde então, foi incluído por 27 países. No Brasil, é realizado há 10 anos, sempre com entrada gratuita, e tem se consolidado como um dos principais eventos de divulgação científica do país. Além de Goiânia, a edição de 2025 também acontece em outras capitais e cidades brasileiras, reunindo universidades, centros de pesquisa, bares parceiros. No estado de Goiás, a organização é feita pela Universidade Federal de Goiás (UFG). “O bar é um lugar descontraído, em que as ideias fluem aparentemente de forma espontânea, mas não é. O que nós sabemos, o que nós vivemos, o nosso cotidiano é todo impactado pela produção”, afirmou a reitora da UFG, Angelita Pereira, ao Jornal Opção. O Brasil e o mundo passa por uma época marcada por desinformação, discursos de ódio e uma crescente polarização política e social. Nesse cenário, discutir ciência se torna não apenas importante, mas urgente. A ciência é, por essência, um exercício de busca por verdades verificáveis, de construção de conhecimento baseado em evidências, de diálogo crítico e de revisão constante — justamente o oposto do que movem as fake news, as narrativas distorcidas e os ataques pessoais. “Bares são locais de muita conversa, inclusive de ciência informal. Quantos de nós já não discutimos assuntos científicos?”, questiona Nádia Costa, organizadora do evento em Goiânia. O Pint of Science busca, sobretrudo, fortalecer o papel da troca de conhecimento e se aproximar das comunidades, mostrando de forma clara como se produzem as evidências científicas.O festival internacional Pint of Science chegou a Goiás com programação confirmada em Goiânia, Anápolis e Formosa, entre os dias 19 e 21 de maio. Em ambientes descontraídos como bares e pubs, pesquisadores e pesquisadoras saem dos laboratórios e se reúnem com o público para conversar sobre tecnologia, saúde, educação, meio ambiente, comportamento e outros temas atuais de forma leve e acessível. A professora Carolina Horta, da Faculdade de Farmácia da UFG, falou sobre Inteligência Artificial que faz bem à saúde: pesquisas para desenvolvimento de fármacos. “Desde 2010, tenho aplicado essas ferramentas de IA para acelerar a descoberta de fármacos. Em todos esses processos, a IA consegue ser aplicada”, afirmou a professora ao Jornal Opção. Por exemplo, uma descoberta tradicional demora de 10 a 15 anos para que um novo medicamento chegue ao mercado. Com a inteligência artificial, o tempo pode reduzir para cinco, quatro ou até mesmo dois anos”, completa Carolina Horta. Com o tema “É tempo de mudanças” , o festival deste ano chama atenção para os efeitos das mudanças climáticas e convida a sociedade a refletir e agir sobre as transformações que já afetaram o presente. A iniciativa é gratuita, aberta ao público e não exige inscrição prévia. A ciência chega em boa hora: um período onde as mudanças climáticas deixaram de ser um alerta distante se se tornaram problemas atuais. Onde a tecnologia avança de forma assustadora e descontrolada e o ser humano precisa se reconectar consigo mesmo. Os temas das palestras vem como resposta às demandas da sociedade, uma população que muitas vezes não tem acesso à ciência. Além de ouvir quem está na linha de frente da produção de conhecimento, o público pode entender melhor como funciona o processo de criação de evidências que embasam políticas públicas, mudanças sociais e inovações. Para quem quiser inscrever-se em novas cidades na edição de 2026, o festival abrirá formulário específico no segundo semestre, disponível no site oficial e nas redes sociais.Programação em Goiânia Em Goiânia , o evento foi realizado no Rio Bahia Restaurante Bar , no Setor Marista, e no ThörDon Bierhaus Pub , no Setor Jaó. No ThörDon Bierhaus Pub, a abertura no dia 19 de maio foi com o professor Lucas Céleri, do Instituto de Física da UFG, que falou sobre os mistérios do tempo e do universo. Paralelamente, no Rio Bahia Restaurante Bar, o festival começou no dia 19 de maio com Carolina Horta, da Faculdade de Farmácia, que apresentou pesquisas sobre o uso de inteligência artificial no desenvolvimento de medicamentos . No dia 20, a pesquisadora Luciana Oliveira, da Faculdade de Ciências Sociais, propôs uma reflexão sobre, direitos humanos, dignidade e os desafios para “re-humanizar” a vida. Também no dia 20, terça-feira, a ecóloga Luísa Carvalheiro e a pesquisadora Elaine Silva , do Laboratório Lapig, debateram a relação entre biodiversidade do cerrado, desmatamento e mudanças climáticas. A programação se encerra nesta quarta-feira, 21 , com a palestra de Everton Luiz Loredo de Matos , da Escola de Música e Artes Cênicas, sobre a presença da música instrumental brasileira no cotidiano e nos games. Além do mais, a professora Ana Rita Vidica, da Faculdade de Informação e Comunicação, discutiu a história dos fotógrafos lambe-lambe e o poder das imagens no cotidiano.(Fonte Jornal Opção Noticias)

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