Pelo menos quatro pessoas morreram e 33 ficaram feridas num ataque, atribuído a Israel, que destruiu um edifício no centro de Beirute, noticiaram este sábado (23) os meios de comunicação do Líbano.
De acordo com o canal de televisão Al-Manar, o
ataque das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) destruiu completamente
um edifício de oito andares e deixou uma enorme cratera. De acordo com fontes do Ministério da
Saúde do Líbano, citadas pela Al-Manar, quatro pessoas morreram e 33 ficaram
feridas. Outro canal de televisão libanês, o Al-Mayadeen, alertou que o número
de mortos e feridos provavelmente aumentará, pois vários moradores podem ter
ficado soterrados sob os escombros. A agência de notícias estatal libanesa Ani
informou que o edifício foi atingido por cinco mísseis e que as equipes de
resgate estão trabalhando para remover os escombros. O ataque no centro de
Beirute ocorreu horas após aviões da IDF realizarem uma ofensiva, a quarta no
período de 24 horas, contra os subúrbios do sul da capital, um bastião do
movimento xiita libanês Hezbollah, após um novo apelo para a retirada da
população local. No sul do Líbano, onde Israel realiza incursões terrestres
desde 30 de setembro em guerra aberta contra o Hezbollah, cinco socorristas
ligados ao movimento pró-iraniano foram mortos, informou o Ministério da Saúde
local. No leste do Líbano, onde o Hezbollah também está presente, um ataque
israelense matou Ali Rakan Allam, diretor do hospital Dar al-Amal, próximo a
Baalbeck, e seis membros da equipe de enfermagem, em sua residência localizada
ao lado da unidade de saúde, segundo o ministério. Esses ataques ocorrem em um
momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que cerca de 230
profissionais de saúde foram mortos no Líbano desde 7 de outubro de 2023,
lamentando "um número extremamente preocupante". O exército
israelense admitiu ter "realizado uma série de ataques contra os centros
de comando terroristas do Hezbollah" nos subúrbios do sul de Beirute, na
sexta-feira. O ritmo dos ataques israelenses aumentou após a partida do enviado
dos Estados Unidos, Amos Hochstein, que esteve em Beirute na terça e
quarta-feira para tentar alcançar um cessar-fogo. Israel entrou em guerra
aberta com o Hezbollah em 23 de setembro, lançando uma intensa campanha de
bombardeios no Líbano, que resultou na morte de pelo menos 3.645 pessoas,
segundo o Ministério da Saúde libanês. "As últimas semanas foram as mais
mortíferas e devastadoras para o Líbano e sua população em décadas",
afirmou na sexta-feira o representante do Alto Comissariado da ONU para
Refugiados no Líbano. Ivo Freijsen acrescentou que a incerteza levou à
deslocação de cerca de um milhão de civis – um em cada cinco libaneses –, dos
quais quase 600 mil cruzaram a fronteira para a Síria, país que enfrenta uma
situação econômica "desastrosa". Leia Também: Indicada
por Trump para Educação é acusada de negligência em caso de abuso sexual.(Fonte
Mundo ao Minuto Notícias)
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