Segundo o Escritório da ONU para Direitos Humanos, conflito também
deixou 13.287 feridos entre os civis.
O número de civis mortos pela
invasão da Rússia na Ucrânia confirmado
pelas Nações Unidas nesta terça-feira (21) ultrapassou o patamar de 8.000,
segundo disse o Escritório da ONU para Direitos Humanos, que observou que um
ano de conflito também deixou 13.287 feridos entre a população não militar. "Nossos
dados são apenas a ponta do iceberg em uma guerra cujo custo para os civis é
insuportável", disse o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos,
Volker Türk, em um comunicado. Muitas
crianças e mulheres morreram por conta do conflitoSeu
escritório, que monitora as baixas civis desde o início da invasão russa,
publicou nesta segunda-feira um relatório anual no qual destaca que pelo menos
487 dos civis mortos e 954 dos feridos eram crianças. Além disso, 40% das
vítimas (mortas ou feridas) cujo sexo é conhecido eram mulheres, segundo o
relatório, que reconhece que o número real pode ser muito maior, já que não há
dados completos sobre os efeitos da guerra em cidades duramente atingidas pelo
conflitos como Mariupol, Lisichansk, Popasna ou Severodonetsk, entre outras. 18 milhões de pessoas em necessidade desesperada de
assistência O
relatório também aponta um aumento acentuado em 2022 de vítimas civis (202
mortos e 369 feridos) devido a minas antipessoais, restos de armamentos e
explosões de depósitos de munição, que causaram mortes desde o início do
conflito armado entre Rússia e Ucrânia pelo controle do Donbass em 2014. "As
violações dos direitos humanos e do direito internacional continuam todos os
dias, e torna-se cada vez mais difícil encontrar uma saída para o crescente
sofrimento e destruição, uma saída que leve à paz", afirmou Türk, que
visitou a Ucrânia em dezembro. O alto comissário também lembrou que o conflito
deixou 18 milhões de pessoas em necessidade desesperada de assistência
humanitária, enquanto cerca de 14 milhões deixaram suas casas, seja para fugir
dentro do território ucraniano como deslocados internos ou fora dele como
refugiados. "A guerra afetou os mais jovens, cujo aprendizado foi afetado
ou interrompido pelos ataques às instalações educacionais, mas também os mais
velhos e pessoas com necessidades especiais", lamentou Türk. O alto
comissário austríaco enfatizou que muitos dos que permaneceram em áreas
afetadas pela guerra são idosos que não podem ou não querem deixar essas áreas
perigosas. Donetsk, Kharkiv e Kiev: as cidades mais
afetadasPor região, Donetsk é de longe a área onde a ONU confirmou o
maior número de civis mortos (3.800) e feridos (6.600), seguida por Kharkiv
(924 mortos e 2.000 feridos) e Kiev e arredores (955 mortos e 312 feridos). O
escritório das Nações Unidas também registra duas mortes na área da Polônia
fronteiriça com a Ucrânia (vítimas de um míssil ucraniano que atingiu a área em
novembro) e 30 mortos e mais de cem feridos em áreas da Rússia limítrofes com o
território ucraniano (Belgorod, Kursk e Briansk). O mês de março do ano passado
foi o que mais deixou vítimas civis, com mais de 3.900 mortos e 2.900 feridos
confirmados, sendo que desde então o número foi progressivamente reduzindo,
para cerca de 200 por mês entre novembro de 2022 e janeiro de 2023. O relatório
indica ainda que 90% dos mortos e feridos civis foram atingidos por armas
explosivas de alto impacto (como mísseis), principalmente em ataques a áreas
povoadas, com pelo menos 6.585 mortos e 12.635 feridos. Ainda segundo o estudo
do escritório das Nações Unidas, 84% desses ataques ocorreram em áreas
controladas pelo governo ucraniano e 15% em território ocupado por forças
russas. Diversas crianças na Ucrânia foram registradas fazendo a lição de casa
com o uso de velas e lanternas em meio aos apagões que estão ocorrendo no país.(
Fonte R 7 Noticias Internacional) *Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Marques
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