Polícia Federal viu indícios de crime por parte do presidente ao afirmar
que vacinas contra a Covid-19 podem desenvolver Aids.
O ministro Alexandre de Moraes,
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cobrou uma manifestação da
Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o pedido da Polícia
Federal para indiciar criminalmente o presidente Jair
Bolsonaro devido à afirmação feita pelo chefe do Executivo de que as vacinas contra a
Covid-19 podem desenvolver Aids.Moraes pediu o posicionamento da
PGR, pois cabe ao órgão processar criminalmente o presidente da República por
crime comum. A Procuradoria-Geral foi acionada pelo ministro na última
quarta-feira (17). Leia mais: Rosa Weber envia à
PGR pedido de investigação sobre Bolsonaro por ataque às urnasEm
outubro do ano passado, durante transmissão ao vivo nas redes sociais,
Bolsonaro declarou que "relatórios oficiais do Governo do Reino Unido
sugerem que os totalmente vacinados estão desenvolvendo a síndrome de
imunodeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto".Na mesma
transmissão, ele citou um suposto estudo atribuído a Anthony Fauci, médico
imunologista americano, e disse que "a maioria das vítimas da gripe
espanhola não morreu de gripe de espanhola mas de pneumonia bacteriana causada
pelo uso de máscara".InquéritoNesta
semana, a Polícia Federal finalizou o inquérito sobre as declarações do
presidente e chegou à conclusão de que ele cometeu os delitos de epidemia,
infração de medida sanitária preventiva e incitação ao crime. As
investigações da corporação mostraram que o texto lido pelo presidente foi
elaborado pelo ajudante de ordens do gabinete da Presidência, Mauro
Cid. Segundo a PF, Cid colheu as informações na internet, em reportagens e
artigos, mas deturpou o conteúdo que leu e a partir daí produziu textos com
informações falsas. Leia
mais: Alexandre de Moraes
marca reunião com ministro da Defesa"Jair
Messias Bolsonaro, por sua vez, de forma direta, voluntária disseminou
as desinformações produzidas por Mauro Cid, em sua live semanal no dia 21 de
outubro de 2021, causando verdadeiro potencial de provocar alarme junto aos
espectadores, ao propagar a desinformação de que os 'totalmente vacinados
contra a Covid-19' estariam 'desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência
adquirida muito mais rápido que o previsto', e que essa informação teria sido
extraída de 'relatórios do governo do Reino Unido'", escreveu a delegada
Lorena Lima Nascimento, no relatório final da investigação.( Fonte R 7 Noticias
Brasilia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário