Em caso de recurso, as duas decisões do ministro Nunes Marques irão para a Segunda Turma, e não para o plenário da Corte.
As duas decisões do ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Nunes Marques que restauraram o mandato de
dois parlamentares podem ser levadas à Segunda Turma da Corte, e não ao
plenário do Supremo. Mas, para que haja um eventual julgamento, é preciso que
alguém recorra, o que ainda não foi feito. Levar a decisão proferida por um
magistrado a um colegiado da Corte confere mais força a ela e evita críticas
individuais.Na última quinta-feira (2), o ministro derrubou duas decisões do
TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e devolveu o mandato a dois deputados. A
primeira envolve o deputado estadual
do Paraná Fernando Francischini, que perdeu o cargo por ter
divulgado fake news. O caso em questão era constantemente citado por
parlamentares aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), que diziam que o
deputado teve o mandato cassado de forma injusta. O fato que desencadeou as
ações ocorreu em 2018, ano em que Francischini, que ocupava o cargo de deputado
federal, foi o deputado estadual mais votado nas eleições. No dia do pleito, em
uma live, ele espalhou a notícia falsa de que duas urnas tinham sido fraudadas
e não aceitavam votos em Jair Bolsonaro. A decisão da Corte Eleitoral
sobre Francischini saiu em 2021, quando o tribunal avaliou que a divulgação de
notícias falsas sobre as urnas eletrônicas era ação passível de cassação. Nunes
Marques, no entanto, acatou o pedido de restauração da validade do mandato
feito por Francischini.O outro caso é o do deputado federal
José Valdevan de Jesus (PL), cassado pelo TSE por abuso de
poder econômico. Conhecido como Valdevan Noventa, ele foi cassado por
unanimidade no TSE em março deste ano, em decisão que confirmou o entendimento
do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe. Os ministros entenderam que o
parlamentar havia realizado "captação e gasto ilícito de recursos mediante
depósitos de valores de origem não identificada".( Fonte R 7
Noticias Brasília)
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