Europa condena o uso de armas pesadas e o bombas em áreas civis, que constituem violação dos acordos de Minsk.
A União Europeia repudiou no sábado (19) o uso de armamento
pesado e o bombardeio "indiscriminado" de áreas civis no leste da
Ucrânia, e alertou sobre "acontecimentos encenados" que podem ser
usados de pretexto para uma possível escalada militar."A UE condena o uso
de armas pesadas e o bombardeio indiscriminado de áreas civis, que constituem
uma clara violação dos acordos de Minsk e do direito humanitário
internacional", disse Josep Borrell, alto representante da UE para
Assuntos Exteriores, em declaração em nome do bloco. A UE elogiou a
"posição moderada" do governo ucraniano diante das "contínuas
provocações e esforços de desestabilização", comentou, ao recordar que a
"acumulação massiva" de forças armadas na Ucrânia e nos arredores
continua sendo "motivo de grande preocupação", motivo pelo qual pediu
que a Rússia "reduza as tensões através de uma retirada substancial dos
militares das proximidades das fronteiras".Borrell disse que esta escalada
agora está "exacerbada pelo aumento das violações do cessar-fogo ao longo
da linha de contato no leste da Ucrânia nos últimos dias".Segundo o
diplomata, a UE apoia a proposta do representante especial da OSCE (Organização
para a Segurança e Cooperação na Europa) de convocar uma sessão extraordinária
do Grupo de Contato Trilateral com o objetivo de "acalmar as tensões
atuais".O chefe da diplomacia europeia destacou que a UE está
"extremamente preocupada" com o fato de "acontecimentos
encenados, como recentemente observado, poderem ser utilizados como pretexto
para uma possível escalada militar".Borrell afirmou que a UE "também
está assistir a uma intensificação de esforços para manipular a informação em
apoio de tais objetivos".Neste contexto, manifestou forte apoio à Missão
Especial de Monitoramento da OSCE, cujos observadores desempenham um papel
"essencial" nos esforços de desescalada, e frisou que a missão
"deve ser capaz de cumprir plenamente o seu mandato sem restrições".Além
disso, de acordo com Borrel, a União Europeia "não vê motivos" para
as acusações procedentes das áreas controladas por ONGs das regiões de Donetsk
e Lugansk sobre um possível ataque ucraniano."A UE insiste para que a
Rússia se empenhe em um diálogo significativo, na diplomacia, mostre contenção
e reduza a escalada", enfatizou.O político espanhol deixou claro que
"qualquer nova agressão militar da Rússia contra a Ucrânia terá
consequências massivas e custos severos em resposta, incluindo medidas restritivas
coordenadas com parceiros internacionais"."A UE reitera o seu apoio
inabalável à soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas
fronteiras internacionalmente reconhecidas", concluiu.( Fonte R 7 Noticias
Internacional)
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