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domingo, 20 de fevereiro de 2022

VIDANEWS - Empresas e até advogados devem estar atentos às questões jurídicas do metaverso.

 

O novo ambiente ensejará discussões sobre questões jurídicas do metaverso, na criação de novos negócios.

O anúncio da mudança de nome do Facebook para Meta chamou a atenção do público para a existência do metaverso e a integração entre os mundos real e virtual, despertando também questões jurídicas do metaverso. Entre as diversas possibilidades desse “novo mundo”, estão a da extensão e ampliação de uma série de atividades e negócios já realizada na internet, como a negociação de ativos, que incluem os NFTs (non-fungible tokens), roupas, objetos e até propriedades virtuais. Além disso, a interação com outras pessoas e a oferta ou participação em ações de entretenimento. Diversos fundos já manifestaram a intenção em investir nesses ambientes e marcas e empresas já começam suas primeiras incursões no metaverso.Mas quando se fala na criação de novos negócios, é preciso se atentar para as questões jurídicas envolvidas. O novo ambiente ensejará discussões sobre os riscos jurídicos na criação de novos negócios de uma maneira muito similar ao que uma pessoa está sujeita ao realizar negócios pela internet e pelas redes sociais. Questões jurídicas do metaversoSob uma perspectiva jurídica, é natural que haja preocupação quanto à formalização e exequibilidade dos negócios celebrados nas plataformas e sobre como explorar essa nova vertente de negócios. Ademais, as empresas e marcas devem estar atentas para qualquer tipo de violação de seus direitos e para a ocorrência de crimes nesse novo espaço, além da confidencialidade e da correta utilização dos dados pessoais dos usuários.O Judiciário e os poderes Executivo e Legislativo levarão mais um tempo para se familiarizar com as operações nesse novo ambiente e poderão criar eventuais regras que se façam necessárias.Importante notar que as plataformas do metaverso são controladas por pessoas/empresas privadas, que deverão estar sujeitas às mesmas leis e regulamentos aplicáveis fora desse ambiente. Como ainda não existem um “governo” no metaverso, as autoridades aqui de fora é que deverão regular o que acontece por lá. Ainda não há qualquer legislação aplicável sobre o assunto.Em relação ao próprio segmento jurídico, a advogada explica que já há escritórios de advocacia que devem abrir sedes no metaverso e que devem atender os clientes por meio de reuniões virtuais. Em 2007, um escritório brasileiro chegou a abrir uma sede virtual na rede “Second Life”, similar ao atual metaverso, mas a OAB se mostrou contrária à ideia.Acredita-se que, atualmente, com participação dos escritórios nas redes sociais (já autorizada pela OAB), reuniões virtuais que se tornaram necessárias durante a pandemia e maiores dificuldades para realizar viagens, a OAB pode acabar aderindo a essa nova realidade. A abertura de escritórios neste universo é apenas uma questão de tempo.( Fonte Jornal Contexto Noticias Brasil)

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