Em entrevista ao R7, Olha Hlovatska relata o temor de uma invasão do exército da Rússia. Escolas e universidades seguem funcionando.
Olha Hlovatska, de 27 anos, mora em Kiev, na Ucrânia. A jovem
mestre em economia conta que está com medo diante da iminente
invasão russa ao seu país. Apesar da tensão, escolas e
universidades seguem com as atividades. Em entrevista ao R7,
Hlovatska relatou o temor de que a situação fique ainda mais difícil para os
ucranianos."Há alguns dias, quando comecei a ler notícias sobre os países que
estavam emitindo um alerta para que seus cidadãos
retornassem ao local de origem e insistiam para que saíssem, eu realmente senti
medo, porque eu não achava que essa situação fosse tão séria", diz
Hlovatska. O confronto territorial entre
Rússia e Ucrânia, que começou a escalonar após a anexação da Crimeia pelos
russos, em 2014, ganhou novos contornos nos últimos meses com o
aumento de tropas das duas nações na fronteira entre os países.A tensão fez com
que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e os Estados Unidos
entrassem nessa discussão. Segundo a jovem, a notícia deixou as pessoas em
pânico. "Como era possível os Estados Unidos prever um dia exato da
guerra? Todos sentem um pouco de medo, mas se houver uma guerra, será em
Donetsk e Luhansk", relata. Na sexta-feira (18), o líder da autoproclamada
república separatista pró-Rússia de Donetsk, anunciou a retirada de civis dessa
região do leste da Ucrânia para a Rússia, e acusou Kiev de preparar uma
invasão, depois que os confrontos aumentaram. "O presidente ucraniano,
Volodimir Zelensky, muito em breve dará ordem para partir para a ofensiva e
lançará um plano para invadir as Repúblicas Populares de Donetsk e
Lugansk", disse, referindo-se aos dois territórios separatistas. Para
Hlovatska, não existe ódio contra os cidadãos russos, muito menos o desejo de
uma guerra. "Sabemos que são jogos políticos", avalia. Sobre as
expectativas do futuro como cidadã ucraniana, ela relata que é muito difícil
saber quando a guerra chegará ao fim, pois, na prática, já dura oito anos.
"Eu acredito no nosso presidente, na força militar e continuo otimista que
teremos um futuro seguro e bom na Ucrânia".Mesmo diante do cenário de
tensão, as aulas seguem normalmente no país. "Até onde sei, as escolas e
universidades mantêm as aulas normalmente e as universidades estão permitindo
que os estudantes estrangeiros que deixaram a Ucrânia possam ter as aulas de
forma remota", finaliza.( Fonte R 7 Noticias Internacional) *Estagiário do R7 sob supervisão de Karla Dunder
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