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domingo, 20 de fevereiro de 2022

VIDANEWS - Jovem ucraniana relata medo e diz que não há ódio contra os cidadãos russos: 'São jogos políticos'.

 

Em entrevista ao R7, Olha Hlovatska relata o temor de uma invasão do exército da Rússia. Escolas e universidades seguem funcionando.

Olha Hlovatska, de 27 anos, mora em Kiev, na Ucrânia. A jovem mestre em economia conta que está com medo diante da iminente invasão russa ao seu país. Apesar da tensão, escolas e universidades seguem com as atividades. Em entrevista ao R7, Hlovatska relatou o temor de que a situação fique ainda mais difícil para os ucranianos."Há alguns dias, quando comecei a ler notícias sobre os países que estavam emitindo um alerta para que seus cidadãos retornassem ao local de origem e insistiam para que saíssem, eu realmente senti medo, porque eu não achava que essa situação fosse tão séria", diz Hlovatska. O confronto territorial entre Rússia e Ucrânia, que começou a escalonar após a anexação da Crimeia pelos russos, em 2014, ganhou novos contornos nos últimos meses com o aumento de tropas das duas nações na fronteira entre os países.A tensão fez com que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e os Estados Unidos entrassem nessa discussão. Segundo a jovem, a notícia deixou as pessoas em pânico. "Como era possível os Estados Unidos prever um dia exato da guerra? Todos sentem um pouco de medo, mas se houver uma guerra, será em Donetsk e Luhansk", relata. Na sexta-feira (18), o líder da autoproclamada república separatista pró-Rússia de Donetsk, anunciou a retirada de civis dessa região do leste da Ucrânia para a Rússia, e acusou Kiev de preparar uma invasão, depois que os confrontos aumentaram. "O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, muito em breve dará ordem para partir para a ofensiva e lançará um plano para invadir as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk", disse, referindo-se aos dois territórios separatistas. Para Hlovatska, não existe ódio contra os cidadãos russos, muito menos o desejo de uma guerra. "Sabemos que são jogos políticos", avalia. Sobre as expectativas do futuro como cidadã ucraniana, ela relata que é muito difícil saber quando a guerra chegará ao fim, pois, na prática, já dura oito anos. "Eu acredito no nosso presidente, na força militar e continuo otimista que teremos um futuro seguro e bom na Ucrânia".Mesmo diante do cenário de tensão, as aulas seguem normalmente no país. "Até onde sei, as escolas e universidades mantêm as aulas normalmente e as universidades estão permitindo que os estudantes estrangeiros que deixaram a Ucrânia possam ter as aulas de forma remota", finaliza.( Fonte R 7 Noticias Internacional) *Estagiário do R7 sob supervisão de Karla Dunder

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