Relatório confidencial mostra que governo norte-coreano financia ações com dinheiro obtido em ciberataques.
A Coreia do Norte continuou desenvolvendo seu arsenal nuclear e
capacidades de mísseis durante um ano, apesar das sanções internacionais
impostas a Pyongyang, diz um relatório confidencial da ONU (Organização das
Nações Unidas) ao qual a AFP teve acesso no sábado (5)."Os ciberataques,
especialmente sobre os ativos de criptomoedas, continuam sendo uma importante
fonte de renda para o governo da Coreia do Norte", diz esse documento
anual que acaba de ser entregue aos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU."A
quantidade de importações ilícitas de petróleo refinado aumentou
consideravelmente" há um ano, "mas a um nível muito inferior ao de
anos anteriores", afirma também o relatório, elaborado por especialistas
da ONU encarregados do monitoramento do embargo de armas e econômico
internacional e das sanções contra a Coreia do Norte.Quanto ao armamento
norte-coreano que a comunidade internacional tenta limitar, Pyongyang
"continuou mantendo e desenvolvendo seus programas nucleares e de mísseis
balísticos em violação das resoluções do Conselho de Segurança", destacam
os especialistas."Embora não haja informações de testes nucleares ou
lançamentos de mísseis intercontinentais, a Coreia do Norte continuou
desenvolvendo sua capacidade de produção de material nuclear",
acrescentam.Durante um ano, Pyongyang "demonstrou uma maior capacidade de
lançamento rápido, alta mobilidade (inclusive no mar) e uma maior resistência
de suas forças de mísseis”, destaca o relatório.Desde 2017, o Conselho de
Segurança não vem atingindo consenso sobre a questão da Coreia do Norte, como
comprovado novamente por uma reunião fechada realizada na sexta-feira (4) no
Conselho de Segurança e solicitada por Washington para condenar os últimos
testes de mísseis da Coreia do Norte.Para sair do ponto morto, China e Rússia
ofereceram um alívio das sanções com finalidades humanitárias, proposta
recusada pelo Ocidente.Espera-se que Moscou e Pequim voltem a defender seu caso
na segunda-feira durante um debate no conselho sobre os efeitos prejudiciais
das sanções, convocado pela Rússia.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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