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domingo, 6 de fevereiro de 2022

VIDANEWS - Inflação e desemprego deixam saída da recessão mais difícil.

 

Cenário econômico dificulta o cons umo das famílias e deve ocasionar em uma nova baixa do PIB no 4º trimestre de 2021.

O desempenho recente do consumo das famílias, segmento responsável por dois terços (cerca de 65%) do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, se mostra insuficiente para impulsionar a economia brasileira no quarto trimestre de 2021 e tirar o Brasil da situação de recessão técnica. A percepção leva em conta o cenário econômico com inflaçãodesemprego e taxa básica de juros em patamares ainda elevados. A combinação conta ainda com incertezas devido à disseminação da variante Ômicron do coronavírus em território nacional. Para ter ingressado em 2022 distante da recessão técnica, nome dado ao período com duas retrações trimestrais consecutivas da economia, é necessário que a soma de todos os bens e serviços produzidos no país tenha apresentado crescimento entre os meses de outubro e dezembro. O crescimento no período ficou mais distante a partir do recuo de 5,8% produção industrial nos últimos três meses do ano passado, na comparação com o já negativo terceiro trimestre (-1,1%). Restam agora os dados relativos ao agronegócio, à indústria e aos serviços para descobrir a situação econômica ao final do ano passado.Diante da situação, o economista e sócio da BRA, João Beck, afirma ser difícil acreditar em um resultado positivo os últimos três meses de 2021. "As perspectivas já eram de queda meses atrás e ainda saíram novos dados de desemprego, atividade da indústria e queda de serviços", avalia ele. Piter Carvalho, economistas da Valor Investimentos, observa que a sequência negativa da economia ocorre com a não concretização do "consumo desenfreado" previsto com o avanço da vacinação contra a Covid-19. "A Black Friday foi positiva, mais ainda teve um desempenho abaixo do esperado. Em dezembro, o Natal também não foi tão bom quanto os comerciantes desejavam", lamenta.Beck afirma ainda que a recessão técnica foi uma escolha do BC (Banco Central) na tentativa de domar a inflação, o que ocasiona no elevado nível de desemprego e não vai permitir que o consumo salve a economia por um período. “O momento ainda é de retração de toda a atividade e isso impacta a geração de empregos.”A explicação considera que a elevação da taxa Selic é o instrumento de política monetária mais utilizado para reduzir os preços. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam outras alternativas de investimento. A sequência recente de oito altas consecutivas elevou os juros básicos ao maior nível em cinco anos.De acordo com o ICF (Indicador de Consumo das Famílias), da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), a intenção de consumo dos brasileiros encerrou 2021 com queda de quase 10%, aos 71,6 pontos, menor nível de satisfação da história.A situação pior dos consumidores também foi destacada pelo Monitor do PIB, da FGV (Fundação Getulio Vargas), referente ao trimestre encerado no mês de novembro. De acordo com a publicação, o segmento apresentou retração de 0,8% na comparação com os três meses anteriores, salientando sua perda de força.( Fonte R 7 Noticias Brasil)

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